Manhã e Noite, Jon Fosse

Fosse, Jon. Manhã e Noite. Lisboa: Cavalo de Ferro, 2020.

Tradução: Manuel Alberto Vieira
N.º de páginas: 112
Início da leitura: 04/06/2025
Fim da leitura: 06/06/2025

**SINOPSE**
"Um menino está prestes a nascer, chamar-se-á Johannes como o avô e será pescador como o pai. Uma vida boa, é esse o desejo de quem o traz ao mundo, embora este seja um mundo duro, ruim e cruel. Um homem, velho e sozinho, morre, chama-se Johannes e foi pescador.

É o seu melhor amigo que o vem buscar rumo a esse destino onde não há corpos nem palavras, apenas tudo aquilo que se ama. Antes do regresso definitivo ao nada, Johannes revisita o museu da sua vida, longa, simples e quotidiana, confrontando-se paulatinamente com a morte num constante entrelaçamento de real e alucinação, passado e presente.

Manhã e Noite é um romance sobre o maravilhoso sonho que é viver e a aceitação do ciclo natural das coisas. Numa linguagem poética e elíptica, inovadora e despojada, Jon Fosse condensa toda uma existência em dois momentos-chave, urdindo uma reflexão encantatória sobre o significado da vida, Deus e a morte."

Nunca tinha lido nada do autor e confesso que não é uma forma de escrita que me atraia muito, ainda que lhe reconheça grandes qualidades literárias. A forma como a linguagem flui, com frases longas e cadenciadas e uma pontuação que desafia as convenções tradicionais, é algo que me incomoda. Sinto a falta de pontuação, as repetições constantes, acabam, quanto a mim, por cansar um pouco e não me permitem sentir a história e dar corpo às personagens.

É uma obra breve mas profundamente evocativa, que condensa toda uma existência humana em dois momentos-chave: o nascimento e a morte de Johannes, um pescador norueguês. Destaca-se pela sua linguagem poética e elíptica, explorando temas como a efemeridade da vida, a espiritualidade e a aceitação do ciclo natural da existência.

Aconselho a quem gosta do género.

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