Gallagher, Charlie (2025). O Rapaz Perdido. Lisboa: Alma dos Livros.
Tradução: Adriana FalcãoN.º de páginas:352
Início da leitura: 08/06/2025
Fim da leitura: 09/06/2025
**SINOPSE**
"Domingo de manhã em Canterbury. O céu está cinzento, e uma chuva fina cai sobre as ruas desertas. Um rapaz de apenas dez anos atravessa a estrada a correr por entre o trânsito. Está descalço e coberto de sangue que não é dele.
A polícia é chamada ao local, e Maddie Ives é a detetive de serviço. Ao chegar, vê o terror estampado no rosto do rapaz. Está encostado à montra de uma loja, tremendo, imóvel. Não diz uma palavra. Não pode ou não quer. Cada músculo do seu corpo grita terror e medo. Parece estar pronto para fugir novamente. Mas fugir de quê?
Horas depois, um homem é encontrado morto - brutalmente assassinado. E tudo isto é apenas o início de um pesadelo que está prestes a intensificar-se.
O VERDADEIRO TERROR NÃO VEM DO QUE VEMOS
MAS DAQUILO QUE NÃO CONSEGUIMOS VER
À medida que o caso se desenrola, Maddie e o detetive Harry Blaker descobrem que estão a lidar com algo muito mais sombrio e perverso do que imaginaram. Um inimigo implacável está à espreita, e cada segundo conta. Conseguirá Maddie detê-lo antes que seja tarde demais? Ou será este o caso que vai destruir tudo aquilo em que acredita?"

Gostei. Não adorei.
De forma geral, o livro tem um enredo envolvente, especialmente pela premissa forte e o ritmo tenso típico dos thrillers policiais britânicos. Gallagher, como ex-polícia, sabe como montar uma história realista e cheia de suspense, o que prende o leitor logo nas primeiras páginas.
No entanto, considero que houve alguns momentos de monotonia. O foco excessivo nos procedimentos policiais ou em personagens secundárias, faz com que a narrativa perca alguma intensidade — especialmente quando o leitor cria expetativas em torno da história do rapaz desaparecido. A ligação emocional com o miúdo é prometida desde o título e sinopse, mas nem sempre é aprofundada como eu gostaria.
Teria sido mais impactante se a narrativa se focasse mais constante na perspetiva do rapaz ou explorado melhor o seu passado e motivações. Isso traria uma carga emocional mais forte, tornando o mistério não só policial, mas também pessoal. Ainda assim, é um bom thriller. Recomendo a quem aprecia o género literário.
0 Comentarios