Zusak, Markus (2019). Nada Menos que um Milagre. Lisboa: Editorial Presença.
Nº de páginas:
496
Início da
leitura: 05/06/2021
Fim da leitura: 06/06/2021
Nada Menos que um Milagre é um livro do escritor australiano
Markus Zusak, traduzido por Miguel Romeira.
Devo
dizer que parti para a leitura deste livro com muitas expectativas, uma vez que
tinha adorado o seu livro mais conhecido A
Rapariga que Roubava Livros, uma obra emblemática que decorre na Segunda
Guerra.
Porém,
não se revelou tão fácil entrar nesta história, talvez pela própria estrutura
do livro ou pelo facto de nos dar a conhecer um grande número de personagens
logo no início da história. Fui gostando do livro, à medida que fui avançando
na história, deixando-me enredar na trama, nas alegrias e sofrimentos das
personagens, com as quais é fácil criar empatia, unidas por um laço forte de
amizade, até, finalmente, ter gostado. Não tanto como do anterior, sou sincera,
mas é uma boa história, bem escrita.
Temos
como narrador o irmão mais velho, Matthew, que nos conta como, a certa altura
da sua vida, ele e os seus quatro irmãos perderam a mãe e o pai abandonou a
casa, deixando-os sozinhos, imersos no caos de uma vida sem adultos, mas,
apesar de tudo, feliz.
Entretanto,
o pai regressa com um desafio: gostaria de ter a ajuda de um dos filhos para
construir uma ponte. Clay é o único filho que aceita o desafio do pai. Mas o
que estará por detrás desta decisão? Que segredo esconde Clay? Não será a ponte
uma metáfora da própria vida? Um elo de ligação com um novo rumo, um novo
sentido, uma nova forma de acreditar, uma redenção, um milagre? Não será a
ponte o caminho que todos os mortos têm de percorrer, transpor, para alcançar a
salvação? Ou, tão simplesmente, uma forma de aceitar a morte e de nos
reconciliarmos com a vida?
Sem
dúvida, um livro a ler!
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