Frank, Anita (2021). Os Desaparecidos. Lisboa: TopSeller
Nº de páginas:
416
Início da
Leitura: 14/06/2021
Fim da Leitura: 18/06/2021
Os
Desaparecidos é um
livro que se insere no género literatura fantástica com laivos de gótico,
escrito por Anita Frank e traduzido por Leonor Bizarro Marques.
Stella
Marcham acabara de perder o noivo, Gerald, que a guerra ceifou demasiado cedo.
A esta irremediável perda, juntam-se as recordações que teve enquanto
enfermeira que vivenciou a guerra na frente de combate. Esta tragédia, acaba
por fazê-la fechar-se em si própria e, apesar de os pais acharem que ela estava
doente, Stella ripostava afirmando que apenas se sentia de luto.
Entretanto,
é-lhe proposto pelo cunhado, Hector, que ela vá com ele para sua casa, uma vez
que a irmã, Madeleine, precisa dela e poderia ser bom para ambas. Madeleine
estava grávida e teria perdido um bebé antes do regresso de Stella. Stella decidiu
levar com ela a criada, Annie Burrows, uma rapariga enigmática, que, apesar de
a deixar desconfortável, é a única disponível para a acompanhar.
Já
em Greyswick, a mansão rural da família de Hector, acaba por perceber que a
irmã não está bem. Esta revela-se muito ansiosa e confidencia-lhe que ouve uma
criança chorar e que não se sente segura ali. Também Stella começa a
aperceber-se de situações estranhas, como o bebé que chora no quarto das
crianças e os soldadinhos de chumbo que vão sendo colocados de forma a que ela
os descubra e se amedronte.
Quando o cunhado regressa, traz consigo o Sr. Sheers, que lhe garantira que conseguiria provar que não existiam ali fantasmas, que era tudo fruto da imaginação das irmãs Marcham. Também o cunhado acredita que é tudo fruto da imaginação delas, não dando crédito aos acontecimentos que Madeleine lhe conta. Porém, quando vivencia uma situação em que, na sala onde se encontravam todos, sucedem acontecimentos muito estranhos, acaba por levar Madeleine consigo. Stella fica e tenta perceber o que se passa na mansão. Entretanto, descobrira que Annie tinha o poder, tal como tivera o pai dela, de comunicar com os mortos, que iam deixando pistas para ela ler. Mas serão mesmo entes mortos que pairam na mansão? Não será, como Sr. Sheers afiançava, fruto da imaginação das irmãs? Ou haveria alguém por detrás de todos os acontecimentos insólitos que decorrem na mansão?
Esta
é uma história que, apesar de não avançar rapidamente, de ter alguns momentos
um pouco lentos, vai-nos prendendo até ao fim.
Apesar
de não ser uma apreciadora de fantasia, gostei deste livro. Mantém-nos presos à
narrativa, com o suspense necessário para o leitor viver o adensar do mistério,
se questionar e sentir curiosidade na resolução dos mistérios. As próprias
descrições contribuem para criar esse clima místico e enigmático. A linguagem é
fluente e ajuda na recriação de um ambiente de início do século XX.
Recomendo
a leitura!
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