O Gato Que Salvava Livros, Sosuke Natsukawa

 Natsukawa, Sosuke (2022). O Gato que Salvava Livros. Lisboa: Editorial Presença.

Tradução: Teresa Mendonça
Nº de páginas: 160
Início da leitura: 28/06/2023
Fim da leitura: 29/06/2023

**SINOPSE**
"Envolto numa aura de aconchego,
ternura e felicidade,
este é um romance que celebra os livros,
os gatos e as pessoas que os adoram.

Na periferia da cidade, há uma livraria alfarrabista. Lá dentro, as pilhas de livros são como arranha-céus a tocar o teto. Estamos na Livros Natsuki, fundada pelo avô de Rintaro, que ali cresceu, numa espécie de refúgio extraordinário em que a leitura comandava os dias e os mundos amparados pelas lombadas não tinham fim.

Depois da morte do avô, Rintaro está inconsolável e sozinho, e a vida da Livros Natsuki parece ter acabado. Mas é então que surge Tigre, um gato malhado… falante. Tigre pede ajuda a Rintaro: precisa que um verdadeiro amante de livros se junte a ele numa missão muito importante. Não há tempo a perder: é preciso salvar vários livros das mãos das pessoas que os trataram mal, os prenderam e os traíram. Juntos, partem em três viagens mágicas, e no final… Rintaro tem de enfrentar o derradeiro desafio sozinho.

Uma história comovente sobre esperança, altruísmo e o enorme poder dos livros, para todos os que veem neles muito mais do que apenas um conjunto de palavras impressas em papel."
Como nos é dito na sinopse, este é um livro doce, que nos fala de coisas que me são aprazíveis: livrarias antigas alfarrabistas e livros. Em jeito de fábula, temos uma história que começa com a morte do avô do jovem Rintaro Natsuki, um estudante comum do ensino secundário, que não tinha muitos amigos, apreciando antes perder-se entre os livros clássicos da livraria do avô. Uma vez que Rintano se prepara para viajar para casa de uma tia, que nunca vira antes, vê-se, assim, obrigado a fazer uma liquidação total dos livros. Porém, não são muitos os compradores...
As aventuras começam quando lhe surge um gato, que fala com ele e que, ainda por cima, lhe propõe que o acompanhe a vários labirintos, com o intuito de salvar livros das mãos cruéis de homens que não sabem o seu real valor. Desde o encarcerador de livros, que lê muitos livros, os deixa imaculados e presos em estantes, sem que nunca mais volte a pegar neles. Segundo Rintaro, este homem não gosta verdadeiramente de livros, mas de se vangloriar da quantidade de livros que lê. Gostar gostar, gostava o avô, que os lia e relia até estarem quase desfeitos, sempre com o mesmo encantamento. O segundo labirinto é o do mutilador de livros que, para que se consiga ler mais livros do que a vida permite, decide, cortar e deixar só uma sinopse de cada livro. Também aqui Rintaro tenta explicar-lhe que estava a roubar a vida aos livros, porque "os livros são mais do que apenas palavras". No terceiro labirinto está o vendedor de livros, ao qual apenas interessa o lucro... E mais não conto. Apenas refiro uma outra personagem que acaba por viver estas aventuras com Rintaro - a delegada de turma, que, devido às faltas deste às aulas, lhe levava os apontamentos das (Sayo).
E, para terminar, deixo uma de entre várias passagens que sublinharia:
"- Os livros estão cheios de pensamentos e sentimentos humanos. Pessoas que sofrem, pessoas que estão tristes ou felizes, que riem de alegria. Ao ler as palavras e as histórias dos livros, ao vivê-las em conjunto, aprendemos sobre os corações e as mentes de outras pessoas, além de nós próprios...Empatia: esse é o poder dos livros".
Um livro para todas as idades, que se lê num instante e cuja leitura é muito agradável.

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