Ausente na Primavera, Agatha Christie

 Christie, Agatha (2011). Ausente na Primavera. Alfragide: Edições ASA.

Tradução: Maria David Castro
Nº de páginas: 172
Início da leitura: 25/11/2023
Fim da leitura: 26/11/2023

**SINOPSE**
Ao regressar do Iraque, onde foi visitar a filha, Joan Scudamore dá por si sozinha numa pensão isolada. A viagem de comboio foi inesperadamente interrompida, obrigando-a a permanecer no deserto. Esta súbita solidão leva-a a avaliar a sua vida pela primeira vez e a encarar algumas verdades sobre si própria. Ao olhar para trás, Joan reexamina dolorosamente as suas atitudes, relações e ações, e fica cada vez mais apreensiva com a pessoa que lhe é revelada. Decidida a recuperar o tempo perdido, ela está finalmente de volta a Inglaterra e à vida que pretende transformar drasticamente.
Relato intenso da vida emocional de uma mulher, Ausente na Primavera foi, segundo palavras de Agatha Christie, «escrito com integridade, com prazer. O resultado final foi aquele que eu desejava, e isso é a maior alegria que um autor pode ter.»
Desafiada pelo meu grupo de Tertúlias a ler um livro de capa lilás e fora da minha zona de conforto, optei por um livro de uma autora que não lia há cerca de 30 anos. Porém, este é um livro que foge um pouco aos livros policiais que li da autora. E, sem querer, acabei por chegar a um livro dos que realmente gosto. Um livro que nos conduz a uma introspeção, da personagem e nossa. Aos olhos da protagonista, Joan Scudamore, a amiga que reencontra, Blanche Haggard, deve ter uma vida muito triste, pois envelheceu muito, não cuida de si como antes ou como ela própria. Ainda mais pena dela tem, quando sabe que o marido é de uma condição social inferior.
Quando, algum tempo depois, Joan se vê presa numa casa de repouso, num sítio desértico, um hotel para viajantes, e tendo um momento para si e a sós consigo, começa a refletir sobre a sua vida, as suas escolhas, as pessoas que ama e pondera se é realmente feliz, se a sua vida é mais perfeita do que a da amiga. E toma decisões...
Aconselho a quem goste deste género de leitura mais introspetiva.

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