Com os Olhos do Coração, Virginia MacGregor

MacGregor, Virginia (2015). Com os Olhos do Coração. Lisboa: Edições ASA.

Tradução: Raquel Dutra Lopes

Nº de páginas: 336

Início da leitura: 02/09/2024

Fim da leitura: 04/09/2024

**SINOPSE**

"Milo tem nove anos e é praticamente cego - é como se visse tudo pelo buraco de uma agulha. Felizmente a bisavó, de 92 anos, ensina-o a olhar para o mundo de uma maneira diferente: se ele prestar mesmo muita atenção, conseguirá ver coisas que mais ninguém vê.
E o que ele vê não é bonito. Desde que o pai se foi embora de casa, "com a sua Galdéria para Abu Dhabi", a mãe anda triste, sempre com o mesmo vestido de folhos, e a queixar-se de falta de dinheiro. Resta-lhe apenas o consolo de Hamlet, o seu porquinho de estimação, e as conversas com a bisavó sobre tempos idos.
Um dia, porém, a bisavó quase incendeia a casa e é enviada para um lar de terceira idade. Milo fica destroçado. Ainda por cima ele vê no lar coisas que mais ninguém vê. Por trás da fachada imaculada do edifício, os idosos vivem aterrorizados pela diretora, a sinistra Enfermeira Thornhill. Milo tem agora uma missão quase impossível.
Com os Olhos do Coração é a epopeia heróica de um rapaz que não se conforma em perder a bisavó e que tudo fará para a resgatar.
Obra de culto de Virginia MacGregor, traduzida em mais de vinte países, Com os Olhos do Coração dá-nos a conhecer uma inesquecível personagem e, através dela, a insensatez do mundo em que vivemos."
Este é um romance juvenil, que pode ser lido por pessoas de todas as idades. Aborda temáticas muito importantes, com grande delicadeza: a diferença, os afetos, as convicções, a entreajuda, a traição, a falta de autoestima, a capacidade de sonhar, os maus-tratos em alguns lares, entre outros.
O protagonista é uma personagem que guardarei comigo. Milo, uma criança de 9 anos, possui uma coragem sem limites no que toca ao bem-estar da sua bisavó.
Apenas ressalvo um aspeto que não apreciei tanto e pelo qual não dou 5 estrelas: a infantilidade da linguagem, como o uso de onomatopeias desnecessárias.
Deixo uma passagem:
"Milo não ia deixar que a Mãe enfiasse a Vó num lar. Fingiria alinhar com a ideia e depois a Mãe acalmaria e perceberia que o lugar da Vó era ali mesmo, no pequeno quarto que o pai transformara para ela debaixo do telhado, e que Milo era a melhor pessoa para cuidar dela."
Aconselho a leitura, pela ternura da história e pelos sentimentos e valores que transmite.

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