O Fio da Navalha, William Somerset Maugham

Maugham, William Somerset. O Fio da Navalha. Alfragide: Edições ASA, 2010.

Tradução: Ana Maria Chaves
Nº de páginas: 332
Início da leitura: 09/09/2024
Fim da leitura: 13/09/2024

**SINOPSE**
"Quando um amigo e colega de combate morre ao tentar salvá-lo, a vida de Larry Darrell muda para sempre. Para o jovem aviador americano, a morte passa então a ter um rosto. O inexorável mistério da morte leva-o a questionar o significado último da frágil condição humana e a embarcar numa obstinada e redentora odisseia espiritual.
Ao recusar viver segundo as convenções impostas pela sociedade para buscar o sentido da vida (que encontrará, certa manhã, algures na Índia), Larry torna-se simultaneamente uma frustração para os que o rodeiam - principalmente para Isabel, a namorada, e Elliott, tio desta, que cultivam acima de tudo a aceitação e o prestígio sociais - e a personificação de um ideal de espiritualidade e não-compromisso."
Um livro diferente, que não é de fácil leitura, e que, para mim, se tornou, no início, um pouco maçador. Depois percebi que isso tinha a ver com a forma como o autor escrevia, muito fora do comum e muito "fora da caixa", pautado por uma grande coloquialidade. Ao longo da obra, o autor vai conversando com o leitor e acaba por envolvê-lo e fazê-lo caminhar por este "fio da navalha". Também se distingue pelo facto de termos sempre muitos diálogos entre as personagens (o que terá facilitado as suas adaptações ao teatro e cinema). A ordem cronológica também acaba por competir ao leitor fazê-la, pelo que deve ser lido com toda a atenção. As personagens são distintas, apresentam diferentes pontos de vista e, entre elas (Larry, Isabel, Elliott, Gray e Sophie), diferentes visões do mundo, que acabam por ser pretexto para uma discussão filosófica.
Gostei do livro. Achei a forma como está escrito muito "à frente" para a época em que foi escrita. Porém, não é um livro que me marque para sempre. Gostei, mas não adorei.

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