À Procura de Anne Frank, Ari Folman; Lena Guberman

Folman, Ari; Guberman, Lena (2022). À Procura de Anne Frank. Porto: Porto Editora. 

Tradução: Elsa T. S. Vieira

Nº de páginas: 162

Início da leitura: 27/12/2022

Fim da leitura: 29/12/2022

**SINOPSE**

No seu famoso diário, Anne Frank criou uma amiga imaginária, Kitty. Agora, o realizador e autor Ari Folman, juntamente com a artista Lena Guberman, dão-lhe vida.
Quando uma estranha tempestade se abate sobre Amesterdão e quebra o vidro que protege o diário guardado na Casa de Anne Frank, Kitty irrompe daquelas páginas e vai viver uma verdadeira aventura em busca da sua amiga.
Acompanhada pelas memórias dos dias passados no anexo secreto, Kitty percorre as ruas da capital holandesa de hoje e com a ajuda de amigos inesperados irá descobrir o que foi o Holocausto, o que isso significou para Anne e o que, por sua vez, o seu diário continua a representar para as crianças de todo o mundo.
À procura de Anne Frank é uma história apaixonante, lançada simultaneamente em livro e em filme de animação.

Li a novela gráfica O Diário de Anne Frank e, quando vi esta nova novela gráfica pensei se não seria apenas mais uma versão diferente da primeira, mas baseada na mesma história. Mas esta novela gráfica, apesar de partir da mensagem transmitida através do Diário de Anne Frank, vai para além disso e pega numa personagem ficcional, que entrou no diário enquanto amiga imaginária de Anne Frank para nos deixar uma importante mensagem.
Otto H. Frank, enquanto único herdeiro da filha Anne Frank, publicou o diário da filha e fundou a Anne Frank Fonds, na Suíça, em 1963, designando-a como sua legatária. Este foi um livro publicado em colaboração com esta Fundação, em prol da defesa dos Direitos das Crianças, especialmente no que concerne ao acesso à educação e à erradicação da pobreza. A maior parte das receitas obtidas reverte para a UNICEF, que coopera com a Fundação Anne Frank.
Para além da nobreza do gesto, este livro deixa uma mensagem muito importante: o roubo do Diário de Anne Frank pela sua amiga imaginária a quem ela dirigiu o Diário, Kitty, teve por objetivo mostrar que este diário encerra uma causa mais nobre do que dar apenas o nome de Anne Frank a pontes, teatros, escolas e hospitais: a da necessidade de salvar vidas, dar asilo a refugiados, porque cada um deverá fazer "os possíveis para salvar do perigo uma alma que seja. Uma só alma, a alma de uma única criança, vale uma vida inteira!"
Um livro para todas as idades e que vale a pena ser lido. 

0 Comentarios