Eliete, Dulce Maria Cardoso

Cardoso, Dulce Maria (2018). Eliete. Lisboa: Tinta da China. 

Nº de páginas: 288

Início da leitura: 23/12/2022

Fim da leitura: 24/12/2022

**SINOPSE**

"Novo romance de Dulce Maria Cardoso, sete anos depois do estrondoso sucesso de O Retorno, o livro que pôs Portugal a falar pela primeira vez sobre os retornados, o maior tabu da sua história recente.

Eliete é um romance construído em torno da protagonista homónima, e é o seu mundo que Dulce Maria Cardoso apresenta agora aos leitores. Estar a meio da vida é como estar a meio de uma ponte suspensa, qualquer brisa a balança. A vida da Eliete vai a meio e, como se isso não bastasse, aproxima-se um vendaval.

Mas este é ainda o tempo que será recordado como sendo já terrivelmente estranho, apesar de ninguém dar conta disso. Porque tudo parece normal. Deus está ausente ou em trabalhos clandestinos. De tempos a tempos, a Pátria acorda em erupções festivas, mas lá se vai diluindo. E a Família?"
Que bom que é ler Dulce Maria Cardoso. Mais um livro que não me desiludiu. Daqueles que nos prende do início ao fim e cujo final também nos consegue surpreender.
Eliete é, como costumam dizer as pessoas, uma mulher de meia idade. Vê-se confrontada com a falta de auto estima, as dúvidas, a falta de amor, a desilusão das mudanças corporais, que muitas mulheres sentem nesta idade. Sente que deixou simplesmente de ser, as filhas estão a "ganhar asas", o marido, que nunca foi de demonstrar sentimentos, liga com indiferença em relação aos seus sentimentos e vontades. 
Quando a avó de Eliete é internada e ela resolve levá-la para casa dela até recuperar, Eliete resolve mudar a sua vida, de forma a sentir-se novamente uma mulher, uma mulher se não amada pelo menos desejada.
Recomendo a leitura.

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