A Mulher do Viajante no Tempo, Audrey Niffenegger

Niffenegger, Audrey (2004). A Mulher do Viajante no Tempo. Barcarena: Editorial Presença.

Nº de páginas: 484

Início da leitura: 03/09/2021

Fim da leitura: 05/09/2021

A Mulher do Viajante no Tempo é um romance de estreia de Audrey Niffenegger, distinguido com o British Book Award 2006. Foi traduzido por Fernanda Pinto Rodrigues.

Sinopse:

“Audrey Niffenegger estreia-se na ficção com um primeiro romance absolutamente prodigioso. Revelando uma concepção inovadora do fenómeno da viagem temporal, cria um enredo intrigante e arrebatador, que alia com magistralidade a riqueza emocional a um apurado sentido do suspense. Este livro é, antes de mais, uma celebração do poder do amor sobre a tirania inflexível do tempo. Para Henry, essa inexorabilidade assume contornos estranhamente inusitados: ele é prisioneiro do tempo, mas não como o comum dos mortais. Cronos preparou-lhe uma armadilha caprichosa que o faz viajar a seu bel-prazer, para uma data e um local inesperados, onde aparece completamente desprovido de roupa ou de outros bens materiais. A Clare, sua mulher e seu grande amor, resta o papel de Penélope, de uma Penélope eternamente reiterada a cada nova partida de Henry para onde ela não pode segui-lo. Quando Clare e Henry se encontram pela primeira vez, ela é uma jovem estudante de artes plásticas de vinte anos e ele um intrépido bibliotecário de vinte e oito. Clare já o conhecia desde os seis anos… Henry acabava de a conhecer…Estranho?! Poderia parecer, não fosse a mestria de Audrey para tecer os fios do tempo com uma espantosa clareza. Intenso e fascinante, "A Mulher do Viajante no Tempo" é um livro inesquecível pela qualidade das reflexões que provoca, pela sensibilidade com que nos retrata a luta pela sobrevivência do amor no oceano alteroso do tempo. Na orla desse oceano, perscrutando o horizonte, ficará sempre Clare, à espera de um regresso anunciado…”

Opinião:

Este é um livro no mínimo estranho. Mas, por vezes, “no início estranha-se, depois entranha-se” (para quem gosta do género).

O protagonista, Henry, é um bibliotecário que sofre de uma doença genética que o faz viajar no tempo. Por isso, no início, a história apresenta-se um pouco confusa, pois viajamos com ele entre o passado, o presente e o futuro.

Estas viagens, não controladas pelo protagonista, sucedem essencialmente em momentos em que é dominado por fortes emoções que o deixam stressado.

É desta forma que conhece Clare, uma estudante de arte. Porém, tanto está com Clare no presente, casado, como está com Clare na infância, como seu amigo; como com Clare no futuro.

Penso que só se compreende este livro se se ler seguido, sem grandes interrupções e com algum foco para não perder o fio à meada.

É um livro que, ainda assim, se lê bem, apesar de não ser o meu género favorito. Não gosto deste tipo de ficção, tão improvável e considero que a tradução poderia ser melhor. As personagens em si são interessantes, a história foi bem pensada, mas não me cativou.

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