O Infinito num Junco, Irene Vallejo


Vallejo, Irene (2020).
O Infinito num Junco. Lisboa: Bertrand Editora.

Nº de páginas: 456

Início da leitura: 6 de abril de 2021

Fim da leitura: 31 de agosto de 2021

O Infinito num Junco é um livro de Irene Vallejo, traduzido por Rita Custódia e Àlex Tarradellas.

Sinopse:

“A Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.

Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.

É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.

Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.

Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir - contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monges, rebeldes, escravos e aventureiros.

É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.”

Opinião:

Se há, recentemente, um livro que considero absolutamente imprescindível, é o livro de Irene Vallejo: O Infinito num Junco, sobretudo para os amantes de livros.

Este é um livro que nos conta a história do livro, da palavra e da leitura, desde os livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz. Fala-nos da magia inerente à abertura e leitura de um livro, confidencia-nos o prazer sentido quando se escuta o escritor, dá-nos a conhecer pessoas, vidas, lugares, filosofias, estórias e tem tanto para nos contar! Desde histórias com História, ficções, ensaios, biografias, romances, distopias e tantos outros géneros. O certo é que nos abre o seu mundo e, quando nos consegue captar, tem-nos a acompanhá-los nesta viagem, neste ato de absoluta intimidade entre o escritor, o livro e o leitor.

Irene Vallejo conduz-nos numa viagem pelo espaço e pelo tempo, pela Grécia e Roma Antigas, pelos papiros da Biblioteca de Alexandria, pelos palácios de Cleópatra, pelas primeiras livrarias conhecidas, pelas celas dos escribas, pelas fogueiras onde arderam os livros proibidos e por muitos autores que se destacaram na arte da escrita.

O Infinito num Junco conta-nos como surgiu a escrita, como eram as histórias antes da escrita, como eram feitos os primeiros livros, como eram as bibliotecas, como nasceu o ofício de bibliotecário, entre tantos assuntos, onde o principal protagonista é o Livro! Este livro é, sem dúvida, e citando uma expressão do Plano Nacional de Leitura “uma apaixonada declaração de amor à palavra escrita, à literatura e à leitura, às bibliotecas e às escolas; uma declaração de amor aos livros”.

Há poucos livros assim tão completos e intensos. Este é um deles. Ainda bem que o descobri e tive o prazer de ler!

Muitas são as passagens que hei de voltar a ler. Muitas as sugestões de leitura que vou seguir. Muito foi o que aprendi!

Este é um livro para saborear, com o qual se aprende, sublinhando, anotando passagens que ficarão na nossa memória ou que não queremos esquecer.

Li-o a par de outros livros, nos momentos de maior solidão. Só assim, pude fruir verdadeiramente da sua mensagem.

Quanto a mim, é um livro com tantas propostas, com tal riqueza, que nunca estará completamente lido.

E quando se diz que já se escreveu tudo sobre o livro, surge este livro! Maravilhoso!

3 Comentarios

  1. Bom dia, Célia! Bela sinopse e rigorismo detalhe na sua opinião sobre o livro.. Fiquei muito curiosa...
    Vou comprar. Que bom, ler uma bela sugestão logo pela manhã...
    Obrigada.
    Alexandra Senra.

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  2. Que bela bela sugestão, logo pela manhã. Fiquei curiosa. Adorei a opinião que partilhou.
    Cumprimentos .

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