
Mataram a Cotovia - O Romance Gráfico, Harper Lee. Adaptado e ilustrado por Fred Fordham
Lee, Harper (2019). Mataram a Cotovia – O Romance Gráfico. Lisboa: Relógio D’Água.
Nº de Páginas: 288Início
da leitura: 02/09/2021
Fim
de leitura: 03/09/2021
Mataram
a Cotovia – O Romance Gráfico, foi magistralmente adaptado e ilustrado por Fred
Fordham e traduzido por Fernando Ferreira-Alves.
SINOPSE
Um
retrato assombroso de raça e classes sociais, inocência e injustiça, hipocrisia
e heroísmo, tradição e transformação no Sul Profundo dos EUA dos anos trinta. Mataram
a Cotovia, de Harper Lee, mantém a mesma atualidade que tinha em 1960,
quando foi escrito, durante os turbulentos anos do Movimento dos Direitos Civis
nos Estados Unidos.
Agora,
este aclamado romance renasce como romance gráfico. Scott, Jem, Boo Radley,
Atticus Finch e a pequena cidade de Maycomb, no Alabama, são representados de
forma nítida e comovente pelas ilustrações de Fred Fordham.
Opinião:
Gostei
tanto deste romance gráfico! As ilustrações são fabulosas, pois consigo
imaginar as personagens da forma como foram ilustradas. O facto de o ilustrador
ter retirado, “tanto quanto possível” o texto do próprio romance, torna a
história fidedigna.
Mostra-nos a importância da família, dos valores passados de pais para filhos (que nem sempre são os melhores) e que opõem a forma de pensar dos irmãos Fincher das outras crianças. Saliento, neste ponto, uma passagem que considero fulcral, quando o pai explica ao filho o que é a verdadeira coragem, e passo a citar “Queria que visses o que é a verdadeira coragem, em vez de pensares que coragem é um homem com uma arma nas mãos. Coragem é sabermos que estamos vencidos à partida, mas recomeçar na mesma e avançar incondicionalmente até ao fim. Raramente se ganha, mas às vezes conseguimos.”
Jem,
o irmão de Scout, explica muito bem as divergências sociais, quando refere: “No
mundo há quatro tipos de pessoas. Há o tipo de pessoas normais como nós e os
nossos vizinhos, o tipo de pessoas dos bosques, como os Cunninghams, o tipo de
pessoas que vivem em lixeiras, como os Ewells, e os negros. O que acontece é
que as pessoas como nós não gostam dos Cunninghams, os Cunninghams não gostam
dos Ewells e os Ewells odeiam e desprezam as pessoas de cor”.
Para
quem gosta de Banda Desenhada, aconselho vivamente este romance gráfico.
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