Ahern, Cecelia (2011). O Livro do Amanhã. Lisboa: Editorial Presença.
Nº de páginas:
280
Início da
leitura: 28/08/2021
Fim da leitura:
29/08/2021
O Livro do
Amanhã é um romance de
Cecelia Ahern, traduzido por Isabel Andrade.
Sinopse:
“Com
mais de um milhão de exemplares vendidos em quinze países, O Livro do Amanhã
é o novo romance da autora de P. S. - Eu Amo-te.
Tamara
Goodwin tem dezasseis anos e vive confortavelmente numa mansão moderna com seis
quartos, habituada a ter tudo o que quer quando quer. Mas, quando o pai morre
deixando inúmeras dívidas, Tamara e a mãe não têm outra alternativa senão
vender tudo e ir viver com parentes para um lugar distante e isolado junto ao
castelo de Kilsaney. Para Tamara o choque parece inultrapassável, até que um
dia uma biblioteca itinerante chega à vila trazendo consigo um misterioso livro
encadernado a couro e fechado com um cadeado dourado…”
Opinião:
Escolhi
este livro, após uma leitura dramaticamente intensa, pensando que precisava de
ler algo mais calmo.
Quando
comecei a leitura, pensei, sinceramente, para comigo “não sei se vou ser capaz
de ler este livro até ao fim!”, porque começa com uma família rica, sendo a
narradora a filha, uma caprichosa adolescente completamente insuportável, que
apetece abanar, encostar à parede e ter uma séria conversa com ela. Ora, como
então suportar a história narrada por este ser intolerável?
Porém,
eu sou muito teimosa, raramente abandono um livro. Desta vez, congratulo-me por
não o ter feito. É quando o pai se suicida, depois de ter perdido finaceiramente
tudo, que a história ganha interesse.
Tamara
e a mãe acabam por ir viver para uma terriola que nem autocarro tem para os
conduzir à pequena cidade, em tudo também diferente ao que estavam habituadas. A
tia, que os acolhe, mostra-se, desde logo, demasiado solícita para com a mãe de
Tamara, alimentando o sofrimento em que ela estava, fazendo-a permanecer na
cama, onde lhe leva repastos que dariam para muito mais pessoas. Mas, Tamara
acaba por se aperceber que a tia não é assim tão meiga com ela, não gosta muito
que ela vá ver a mãe, dizendo-lhe que precisa de descansar e parece persegui-la
e tentar impedi-la de fazer o que quer que deseje.
Entretanto,
numa biblioteca itinerante, Tamara acaba por requisitar um livro no mínimo
estranho, que precisa de chave para abrir. Este livro, que se apresenta em
branco, vai sendo escrito por Tamara, sem que ela o faça e sempre com uma data
futura. É o livro do amanhã, que dá título ao livro. A partir deste momento,
sucedem-se episódios, surgem personagens também elas muito estranhas, mas que,
de alguma forma, explicam o passado e ajudam a escrever o futuro. Desde o
fantástico, ao crime, aos segredos guardados, que vão sendo revelados, o certo
é que acabei por me envolver na história e gostar do livro.
Sem
ser um livro de destaque em termos literários, é um drama familiar que se lê
bem e que acaba por nos dar conta do crescimento mental (necessário) de uma
adolescente que tudo tinha e, por isso mesmo, não era agradecida por nada,
nunca pedia desculpas… E quantos adolescentes não se comportam hoje assim?
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