Isto Pode Doer, Stephanie Wrobel

Wrobel, Stephanie (2022). Isto Pode Doer. Lisboa: Planeta.


Tradução: José Remelhe

Nº de páginas: 392

Início da leitura: 12/06/2022

Fim da leitura: 15/06/2022

**SINOPSE**

Um thriller sombrio e eletrizante sobre duas irmãs: uma presa nas garras de um culto, a outra na teia das suas próprias mentiras.

Natalie Collins não tem notícias da irmã há mais de meio ano. Da última vez que falaram, Kit arrastava-se entre dias de trabalho entediantes, noites de borga e crises de choro no duche pela morte da mãe. Nessa altura, Kit disse-lhe que tinha a certeza de que a vida tinha algo mais para lhe oferecer...

E depois Kit encontrou Wisewood.

Numa ilha privada na costa do Maine, os hóspedes de Wisewood comprometem-se a estadias de seis meses. Durante este período, estão proibidos de contactar com o mundo exterior: não há Internet, não há telemóveis, não há exceções. As regras têm uma razão de ser: manter os hóspedes focados em libertarem-se dos seus medos, para que possam alcançar o seu Eu Maximizado. Natalie acha que é uma má ideia e desaconselha a irmã a ir, mas Kit está farta do cinismo dela e desaparece do mapa.

Seis meses depois, Natalie recebe um e-mail de uma conta de Wisewood a ameaçar revelar o segredo que ela tem escondido de Kit. Em pânico, Natalie ruma a norte, para encontrar a irmã e trazê-la para casa. Mas está prestes a descobrir que não é assim tão fácil sair de Wisewood.

Este não é, quanto a mim, um thriller viciante. A narração é feita entre os tempos das jovens com os pais e um momento posterior, em que, não tendo notícias da irmã (kit), Natalie resolve procurar a irmã.

O que mais me chocou neste livro foi a forma como o pai educava as filhas, infligindo-lhes dor, expondo-as a diversas situações de perigo, com o intuito, segundo ele, de as tornar mais fortes e sem medos, como, por exemplo, quando atira Kit para águas profundas, não sabendo ela nadar e obrigando-a a lutar pela vida. A vida destas jovens é feita de metas, ganham ou perdem pontos dependendo da dimensão do perigo a que se exponham. Esta rigidez, este constante “respeito” pelo pai, são condicionantes nas suas personalidades. Não poderá a adrenalina por elas vivida na infância, deixá-las viciadas em situações em que tenham de se tentar superar, nem que para isso tenham de se infligir dor e pôr constantemente em risco as suas vidas? De que forma esta infância terá marcado cada uma das irmãs? Por que razão, Kit nunca mais disse nada, desde que integrou um programa de autoaperfeiçoamento em Wisewood, uma ilha isolada do Maine?

É inicialmente intrigante, tem algum suspense, mas não me emocionou, não vibrei com este livro.

Penso até que gostei no início, porque criou expetativas. Porém, depois, torna-se repetitivo e acaba por ser um pouco cansativo e com um ritmo muito lento.

0 Comentarios