Scibona, Salvatore (2021). O Fim. Alfragide: Publicações Dom Quixote.
Tradução:
Francisco Agarez
Nº de páginas:
384
Início da
leitura: 15/06/2022
Fim da leitura: 18/06/2022
**SINOPSE**
15
de agosto de 1953. É dia de festa ruidosa e turbulenta em Elephant Park, um
enclave de imigrantes italianos no norte do Ohio. Enquanto as festividades
atingem um patamar frenético e trasbordam para as ruas, cinco membros da
comunidade suportam o peso de um terrível segredo.
O
padeiro da vila recebe uma notícia dolorosa, o joalheiro curva-se abnegadamente
sobre o seu trabalho, uma costureira de cortinas fala em voz baixa pelo fio
torcido de um telefone, um adolescente perturbado procura a liberdade fora da
crescente multidão da festa e uma abortadeira idosa e ressentida mantém sob
apertada vigilância a comunidade sobre a qual sente que está a perder o
domínio.
Lentamente,
à medida que estas personagens obstinadas e primorosamente desenhadas colidem
entre si, torna-se evidente que, sepultada a grande profundidade nos seus
corações, está a verdade há muito silenciada sobre o crime que assombrou o
mundo de cada uma delas.
Criativo, explosivo, tendo em fundo as tensões raciais, espirituais e morais que deram origem à América moderna, O Fim assinala a brilhante estreia de Salvatore Scibona como uma voz nova e eletrizante na ficção americana.
O
Fim é o romance de
estreia de Salvatore Scibona, foi finalista do National Book Award e vencedor
do Young Lions Fiction Award da Biblioteca Pública de Nova Iorque. Em 2010, o autor foi escolhido pela The
New Yorker como um dos 20 escritores mais promissores com menos de 40 anos.
Uma
boa premissa numa escrita poética e cuidada. Porém, não me fascinou. Considero que
me pareceu uma manta de retalhos que, muitas vezes não encaixam, um puzzle em
que as peças nem sempre encaixam, o que o torna um pouco confuso.
Gostei
do fundo histórico, da questão da imigração na América, das tensões raciais que
nos foram dadas a sentir, de o facto de as personagens mostrarem muito humanas,
quase familiares, nas suas virtudes e defeitos, agarrando-se à fé para
resistirem a todas as contrariedades da vida.
E
do novelo de histórias que se unem no fim, não falo e deixo que cada leitor
crie a sua própria opinião. Convém ler com atenção para não se cair num emaranhado
de fios soltos.
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