Distância de Segurança, Samanta Schweblin

 Schweblin, Samanta (2017). Distância de Segurança. Lisboa: Elsinore.

Tradução: Miguel Filipe Mochila

Nº de páginas: 128

Início da leitura: 05/11/2023

Fim da leitura: 06/11/2023


**SINOPSE**

«"Eu penso sempre no pior dos casos. Agora mesmo estou a calcular quanto tempo demoraria a sair a correr do carro e a chegar até junto da Nina se ela de repente corresse até à piscina e se atirasse. Chamo-lhe "distância de segurança", é assim que chamo a essa distância variável que me separa da minha filha, e passo metade do dia a calculá-la, embora arrisque sempre mais do que devia.» Amanda está às portas da morte numa cama de hospital. A seu lado, a fazer-lhe companhia, está um menino chamado David. Juntos contam-nos uma história de toxinas, desespero e do poder da família.

Num apaixonante primeiro romance, Samanta Schweblin coloca-nos repetidamente perante questões que optamos por evitar: Existe algum apocalipse que não seja pessoal? Qual é o ponto exato em que, sem o sabermos, damos um passo em falso e nos condenamos? Até onde nos é possível controlar o mundo em redor? Distância de Segurança é um relato hipnótico e vertiginoso sobre o amor e a perda, sem medo de mostrar que nada é um cliché quando, no final, acaba por nos acontecer.»
Apesar de ser um livro pequeno, confesso que me foi difícil lê-lo, uma vez que tem um enredo intricado, com situações paranormais difíceis de discernir, para o que contribuem os diálogos com várias narrativas intercaladas.
Tudo começa quando David, filho de Carla e Omar, bebe água, de um ribeiro, contaminada com químicos e fica muito doente. Amanda começa por contar sobre uma tarde passada com Carla, que conhece, numas férias que passa com a sua filha Nina, numa casa alugada.
Amanda cria uma "distância de segurança" em relação à filha, de forma a assegurar-se de que ela está sempre livre de quaisquer perigos. Esta distância acaba por se tornar uma obsessão e damos por nós a sentir a ansiedade que vai dominando a personagem nesta ânsia constante de proteção da filha. Parece que o perigo está sempre ali, a vigiá-las com os seus grandes tentáculos.
Confesso que não foi um livro que me tenha prendido à história, que considero um tanto ou quanto surreal, apesar dos vários prémios literários que ganhou.

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