Gonçalves, Hugo (2013). Enquanto Lisboa Arde, o Rio de Janeiro Pega Fogo. Alfragide: Casa das Letras.
Nº de páginas: 328
Início da leitura: 22/07/2024
Fim da leitura: 24/07/2024
**SINOPSE**
"Quando a crise se instala em Portugal, arrastando uma onda de pessimismo sem fim à vista, um assessor político com ambições literárias e a cabeça a prémio decide fugir para o Brasil. Além do medo e do travo amargo do insucesso, leva com ele apenas uma mochila, o desejo de começar tudo do zero e uma encomenda secreta.
O Rio de Janeiro continua lindo - e os primeiros dias na cidade, com passeios de bicicleta pelo calçadão, mergulhos na praia e romances curtos e escaldantes, prometem, de facto, uma vida de sonho. Mas esse idílio é uma ilusão, porque o misterioso embrulho depressa o lança numa odisseia tropical de contornos perigosos, em busca do terceiro vértice de um triângulo amoroso. Determinado, porém, a cumprir a missão, o aspirante a escritor viajará por casas isoladas na serra, ilhas desertas e favelas e cruzar-se-á com um curioso universo de expatriados - terroristas bascos, sobreviventes do Holocausto e emigrantes portugueses, que procuram agora, como antigamente, uma nova vida no hemisfério sul. E também com Margot, a mulher que pode mudar a sua vida.
Longe da falência do seu passado, ele acredita que a aventura carioca pode ser o recomeço que procura, a história que finalmente dará um livro, a evidência de que, por mais que fuja, estará sempre preso ao lugar de onde partiu."
Numa escrita muito característica deste autor, sem pudor, esta é a história de um aspirante a escritor, envolvido em negócios duvidosos em Lisboa, metido com a mulher do "patrão", que decide fugir para o Rio de Janeiro. Espera encontrar ali a tranquilidade e impunidade que já não teria em Lisboa, onde o patrão o perseguia para o matar.
Mas o Rio é tudo menos calmo. E, se "Lisboa arde, o Rio de Janeiro Pega Fogo".
Não me identifiquei com as personagens, mas gostei de ir viajando pelos dois países, de forma intercalada, pelas suas ruas, ruelas, choques civilizacionais, costumes, degradação, linguagem e maneiras de ser e agir.
Terá o narrador/escritor econtrado o que queria no Rio de Janeiro? E o que seria o embrulho que levara de Lisboa para ali entregar? Para responder a estas e outras questões, aconselho a leitura deste livro.
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