A Ilha, de Victoria Hislop

Hislop, Victoria (2022). A Ilha. Porto: Porto Editora.

Tradução: Elsa T. S. Vieira
Nº de páginas: 400
Início da leitura: 03/07/2024
Fim da leitura: 05/07/2024

**SINOPSE**
"Prestes a tomar uma decisão que mudará a sua vida, Alexis Fielding sente que, mais do que olhar para o futuro, a verdadeira resposta a todas as suas dúvidas reside no passado; concretamente, no passado da mãe, Sofia Petrakis, acerca do qual pouco sabe.
Decidida a descobrir tudo quanto possa sobre as suas raízes gregas, Alexis chega à pequena aldeia de Plaka, em Creta, munida de uma carta para Fotini, uma velha amiga da família materna. É esta mulher quem, por fim, revela a Alexis a trágica história que Sofia escondeu toda a vida: a de uma família assombrada pela doença e ligada inexoravelmente à ilha de Spinalonga, um dos últimos lazaretos existentes na Europa.
Fruto de uma intensa pesquisa, mas cheio de paixão e atmosfera, A Ilha é um romance encantador e profundo sobre estigma e amor, paixão e tragédia, no cenário magnífico das ilhas gregas."
Este livro é um drama que nos leva até Creta, 2001, momento em que Alexis, uma jovem britânica, vai a Plaka com o intuito de desvendar os segredos guardados pela sua mãe, Sofia Petrakis. É a partir de aqui que, através de uma analepse, nos é recuperado o passado da família de Alexis, sendo a maior parte da ação passada entre 1930 e 1950. Conta-nos as adversidades passadas desde a sua bisavó, uma conceituada professora, que foi diagnosticada com lepra, vendo-se obrigada a viajar para a ilha Spinalonga, para onde iam todos os leprosos. Este foi o momento de que mais gostei neste livro, pois permitiu-me conhecer melhor esta doença e tudo o que envolve, nomeadamente a repulsa por parte das pessoas saudáveis. Durante muito tempo, a lepra era uma sentença de morte e, sendo a autora embaixadora da "Lepra", uma instituição de solidariedade internacional que combate a doença, a pobreza e o preconceito, abordou e contextualizou muito bem este tema. 
Gostei da maior parte das personagens, com exceção da irritante e desumana Anna (avó de Alexis) e a da própria Sofia (mãe de Alexis). 
Alguns dos acontecimentos são, quanto a mim, um pouco rebuscados. Ainda assim, gostei bastante desta leitura.

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