Vemo-nos em Agosto, de Gabriel García Márquez

García Márquez, Gabriel (2024). Vêmo-nos em Agosto. Lisboa: Edições Dom Quixote. 


Tradução: José Teixeira Aguilar
Nº de páginas: 120
Início da leitura: 12/07/2024
Fim da leitura: 12/07/2024

**SINOPSE**
"Todos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.

Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.

Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar."

Apesar de ser uma obra em que o próprio autor andou às voltas até concentrar a hipótese de publicação, cinco vezes depois de reler e fazer ajustes, é inconfundível o estilo e elegância escrita do autor. Este é um conto, relativamente pequeno, que deveria surgir com outros quantos contos sobre o amor a partir da meia idade, mas que o autor não teve tempo para completar.
A ilha onde está enterrada a mãe da protagonista tem uma magia própria, uma vez que até nas conversas que tem com a mãe, no cemitério, tem sempre a sensação de que a mãe a compreende e não a julga ou condena.
O magnetismo da ilha, cria uma outra mulher que, no verão, ali vai sozinha, colocar flores na campo da mãe. A forma como se veste, mais livre, a forma como se desprende de todas as preocupações, como se volta a sentir mulher, mostram, de facto, a magia da ilha. E mais não conto, para que entrem também nesta magia.
Longe de um "Cem Anos de Solidão" ou de um "Amor nos Tempos de Cólera" (o meu preferido), é um livro que se lê bem. Aqui fica o convite: breve, bem escrito e que se lê num ápice! 

0 Comentarios