Copo Vazio, Natália Timerman

Timerman, Natália (2021). Copo Vazio. São Paulo: Todavia.

Nº de páginas: 144
Início da leitura: 20/07/2024
Fim da leitura: 21/07/2024

**SINOPSE**
"Mulheres abandonadas. Desde sempre, a literatura é permeada de histórias trágicas de figuras fascinantes, como Medeia e Dido, que se desfazem diante do abandono masculino. Emma Bovary e Anna Kariênina, personagens inesquecíveis, também sucumbem. A mesma Simone de Beauvoir de O segundo sexo escreveu A mulher desiludida, antologia de contos sobre personagens despedaçadas, uma delas por essa mesma via. No século xxi, Elena Ferrante atualiza a tradição, criando personagens que definham ou enlouquecem depois de dispensadas — é o caso de Olga, em Dias de abandono, que se vê confrontada com novas questões: Como pode uma mulher padecer "de amor" nos anos 2000? A própria ideia de abandono já não soa anacrônica em nossos dias? Agora é a vez de Natalia Timerman e seu Copo vazio. O romance conta a história de Mirela, uma mulher inteligente e bem-sucedida, que acaba submergida em afetos perturbadores quando se apaixona por Pedro. O livro perscruta a vulnerabilidade de sua protagonista sem constrangimentos. Há algo de ancestral, talvez atemporal, no sofrimento de Mirela, que ecoa a dor de todas essas mulheres. Mas há também elementos contemporâneos: a forma de vida nas grandes cidades e as redes sociais são questões que acentuam os dilemas. Mirela tem emprego, apartamento, família e amigos, porém parece ser bastante solitária. Quando conhece Pedro, ela se preenche de energia e entusiasmo, e fica obcecada não só por ele, mas por essa versão de si mesma. O que fazer quando ele desaparece de repente, sem explicações? Depois de publicar contos, poemas e ensaios, Natalia Timerman comprova a versatilidade de sua escrita num mergulho de fôlego no mundo psíquico de sua protagonista."
Este é um livro pequenino, que se lê de um fôlego.
A protagonista, Mirela, tem 32 anos e é uma arquiteta de sucesso. Porém, não muito bem sucedida nas questões amorosas. Por insistência da irmã, cria conta num aplicativo de encontros. É assim que conhece Pedro, com quem manterá uma "suposta" relação, ou, pelo menos, uma relação por parte dela, que dele não sei se se possa considerar relação, uma vez que se afasta frequentemente. E esta relação e amor por Pedro tornam-na obsessiva, ao ponto de criar perfis falsos para o seguir nas redes sociais, quando este não responde às suas mensagens. Teria futuro uma relação como esta? Deverá um amor ser capaz de anular o amor próprio? Li no português do Brasil, uma vez que a autora é brasileira.

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