A Casa Holandesa, Ann Patchett

Patchett, Ann (2022). A Casa Holandesa. Lisboa: Cultura Editora.

Nº de páginas: 312
Início da leitura: 04/10/2024
Fim da leitura: 08/10/2024

**SINOPSE**
"Em 1946, após a Segunda Guerra Mundial, Cyril Conroy, um homem pobre, enriquece repentinamente com um investimento fortuito. A primeira compra que faz é uma opulenta propriedade nos subúrbios de Filadélfia, nos EUA, antes pertencente a uma família neerlandesa, entretanto arruinada. Conroy muda-se, com a mulher, Elna, e a filha, a confiante e protetora Maeve, para a nova casa, na qual já nascerá Danny, o narrador desta história.

O que seria uma agradável mudança de vida, torna-se no desmoronamento de toda a família, numa espécie de paraíso perdido. Elna, incapaz de lidar com as mordomias da propriedade e respetivos empregados, termina o casamento e foge, deixando também os filhos.

Mais tarde, chega à propriedade uma madrasta, Andrea, uma jovem viúva com duas filhas, e os dois irmãos, Maeve e Danny, vão sendo afastados aos poucos, até que acabam expulsos da própria casa, devolvidos à pobreza, podendo contar apenas um com o outro para lidar com a perda, com a humilhação, com a raiva, até que um dia possam, enfim, confrontar quem os abandonou.

A Casa Holandesa, uma narrativa que percorre cinco décadas, é uma saga familiar, uma viagem lenta, sofrida, com personagens que ficarão para sempre connosco, como num conto de fadas virado do avesso."
Neste livro é-nos contada a história de uma família, tendo por base a Casa Holandesa (nos subúrbios de Philadelphia), que o pai de Danny e Maeve comprara a uns holandeses, caídos na pobreza do pós- II Guerra Mundial. É um livro que requer uma leitura atenta, uma vez que vai intercalando a narrativa presente dos irmãos, já adultos e o passado, quando eram crianças. A infância não lhes sorriu, uma vez que, depois de a mãe os ter abandonado e fugido para a Índia, acabaram por ser expulsos pela madrasta, que os odiava.
Os irmãos mantiveram sempre uma relação muito próxima, apoiando-se um ao outro.
Gostei da forma como as personagens foram elaboradamente construídas, reais, com os seus defeitos e virtudes, o que nos prende à narrativa. O ritmo não é rápido e requer atenção às descrições. Um livro para saborear.

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