Gonçalves, Hugo (2025). Filho do Pai. Lisboa: Companhia das Letras.
N.º de páginas: 248
Início da leitura: 11/03
Fim da leitura: 20/03
**SINOPSE**
"Uma morte e um nascimento separados por poucos meses. Um desencontro que impediu Hugo Gonçalves de ser pai e filho ao mesmo tempo, mas que o levou a indagar a história da família e um património em que a virilidade era uma divisa.
Alternando o registo do diário com a escrita do romancista, o drama com o humor, este livro assumidamente biográfico explora a difícil relação de um filho, órfão de mãe, com o pai viúvo, desde a infância até à idade adulta, quando a morte os separa e o filho se torna, também ele, pai de um rapaz.
O que fazer com os modelos de masculinidade, herança de homens forjados na escassez, na dureza e na lealdade do sangue? Que género de paternidade escolher para si, agora que o escritor tem um filho pequeno? O que significa, hoje, ser homem e pai?
É a partir das dúvidas, num tempo de certezas polarizadas e trincheiras ideológicas, que viajamos pelas décadas e pelo mundo, da pequena aldeia raiana dos antepassados do autor até Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro do século XXI, seguindo o rasto da memória, do corpo, do sexo, do amor, da escrita e da paternidade.
Um texto comovente e inquietante, que vem enriquecer a odisseia pessoal do autor, iniciado com Filho da mãe, que tocou milhares de leitores."
Alternando o registo do diário com a escrita do romancista, o drama com o humor, este livro assumidamente biográfico explora a difícil relação de um filho, órfão de mãe, com o pai viúvo, desde a infância até à idade adulta, quando a morte os separa e o filho se torna, também ele, pai de um rapaz.
O que fazer com os modelos de masculinidade, herança de homens forjados na escassez, na dureza e na lealdade do sangue? Que género de paternidade escolher para si, agora que o escritor tem um filho pequeno? O que significa, hoje, ser homem e pai?
É a partir das dúvidas, num tempo de certezas polarizadas e trincheiras ideológicas, que viajamos pelas décadas e pelo mundo, da pequena aldeia raiana dos antepassados do autor até Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro do século XXI, seguindo o rasto da memória, do corpo, do sexo, do amor, da escrita e da paternidade.
Um texto comovente e inquietante, que vem enriquecer a odisseia pessoal do autor, iniciado com Filho da mãe, que tocou milhares de leitores."
Já tinha lido Filho da Mãe e adorado e não podia deixar de ler este também. Tal como o outro, é um livro biográfico, que nos dá a conhecer momentos do passado do autor, desde a infância até à idade atual, quando já é ele também pai. Há vidas que contam histórias e a de Hugo Gonçalves não é exceção.
Até que ponto alguém se pode dar com um pai que, a dada altura da sua vida, é capaz de dizer: "És uma má pessoa, basta ler as coisas que escreves.". Mas que, ao mesmo tempo, não deixa de ser o seu pai que, numa outra altura da vida, escreve um livro de memórias e pede ao filho que leia e reveja esse livro. Um pai que "afirma ter orgulho dos meus livros, os mesmos que usa como prova do meu mau carácter".
Poderá ser-se o pai que o filho quer quando o filho não é o que o pai queria?
Que modelos de masculinidade e de paternidade se podem herdar de um pai? Masculinidade e paternidade que estão hoje a ser redefinidas e repensadas.
Aconselho vivamente!
0 Comentarios