Miyashita, Natsu (2025). A Floresta de Lã e Aço. Lisboa: Editorial Presença.
Tradução: André Pinto TeixeiraN.º de páginas: 200
Início da leitura: 03/03/2025
Fim da leitura: 05/03/2025
**SINOPSE**
"Um romance para todos os que procuram o verdadeiro sentido da vida.
Tomura tem dezasseis anos. A sua vida é, como tantas, uma sequência de dias iguais… até escutar, ao longe, um piano. Tomura está na escola, quando ouve um afinador trabalhar no instrumento. de imediato, a melodia toca-o profundamente, toma-lhe a alma e o coração, e transporta-o para as misteriosas florestas que rodeiam a sua aldeia natal, aninhada nas escarpas de uma montanha. Há bruma, negrume, luz. e há, agora, um rapaz que parece nascer outra vez.
Guiado por três mestres de afinação - um muito humilde, outro muito alegre, e um terceiro mais temperamental - , Tomura está determinado a não largar o que sentiu naquele momento, a aprender, a procurar dentro de si e no piano, diante dele, a música que nunca conhecera mas, afinal, sempre estivera na floresta da sua infância. Serei eu capaz? Conseguirei eu encontrar, de novo, a harmonia nesta floresta de lã e aço?
Passada no Japão rural, esta é uma história reconfortante e mágica sobre a jornada transformadora de um rapaz até ao último destino: o lugar daqueles que procuram, sem cessar, o seu verdadeiro propósito na vida."
Este livro apresenta uma história sensível e tocante, explorando o mundo da música, das emoções e da conexão humana. Natsu Miyashita, com uma escrita delicada e profunda, oferece uma reflexão sobre as complexidades da vida e os desafios enfrentados por aqueles que procuram o equilíbrio entre o seu interior e o mundo ao seu redor.
O protagonista, que ainda não encontrara, durante o estudo secundário, algo com que se identificasse ou por que valesse a pena lutar, fica encantado com um afinador de pianos, que vai consertar o piano do ginásio escolar. O som produzido pelo piano fá-lo sentir o som da própria floresta e pede ao afinador para o ensinar. Este aconselha-o a estudar para afinador numa escola profissional. O jovem segue o seu conselho.
Sente-se sempre inseguro e acha que não está à altura desta profissão, tão exigente e que requer uma sensibilidade, intuito e talento muito grandes.
A escrita de Natsu Miyashita, com toques de poesia, ajuda a criar uma atmosfera envolvente, convidando o leitor a refletir sobre questões existenciais e a complexidade das relações humanas. É um livro para quem gosta de diálogos, divagações, uma vez que a ação decorre com a lentidão que estas exigem. A ação é muito linear, detendo-se mais no crescimento do eu, na procura de si mesmo, nas exigências pessoais e no crescimento de uma paixão pelo piano e pela música clássica. Gostei, mas não adorei. Achei demasiado repetitivo e parado.
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