Café de Gatos, Charlie Jonas

Jonas. Charlie (2022). Café de Gatos. Alfragide: Edições ASA II.

Tradução: Helena Araújo

Nº de páginas: 304

Início da leitura: 17/04/2022

Fim da leitura: 17/04/2022

**SINOPSE**

Susann está prestes a partir para Itália numas férias que poderão ser as últimas. Quando regressar, vai submeter-se a uma cirurgia que a impedirá de viajar durante muito tempo. É agora ou (provavelmente) nunca. Mas a ideia de deixar a sua querida gata Mimi com estranhos deixa-a desconsolada. É então que se lembra de Leonie, a vizinha com quem se dá tão bem. Estará a jovem professora disposta a aceitar o seu pedido? Com certeza que sim, afinal, a Mimi é um amor…

Leonie está familiarizada com as excentricidades das outras pessoas (principalmente se forem homens franceses), não com as de pequenos animais de estimação. Mas quando Susann lhe expõe o seu plano, ela não consegue recusar, pois tem a sensação de que a felicidade da vizinha depende demasiado daquela viagem.

Mas Leonie rapidamente percebe que ela e Mimi não fazem uma boa dupla: a gata parece fazer de propósito para tornar a sua vida num inferno, desde personalizar o sofá a destruir os frascos de verniz Chanel. E quando Susann decide prolongar as férias, Leonie entra em pânico e recorre a Maxie, a sua melhor amiga, que acaba de abrir um café. Pois Maxie também não consegue recusar um pedido de ajuda e aceita ficar com a gata. E é assim que Mimi e os seus bebés (sim, Susann vai ter uma surpresa…) tomam o café de assalto.

A vida destas três mulheres (e do café) não voltará a ser a mesma.

Porque a Mimi sabe o que nós humanos apenas intuímos: um gato muda tudo - para melhor, obviamente.

A premissa inicial deste livro prometia mais: Susann Siebenschön, uma mulher de 73 anos, de Colónia, na iminência de ser operada à anca, decide, antes da operação, empreender uma última viagem, uma viagem a Ísquia, que costumava fazer com o marido, falecido há 5 anos. Mas, para isso, tem de encontrar alguém a quem deixar a sua gatinha branca, a Mimi. Depois de muito ponderar, decide que a meiga professora Leonie Beaumarchais será a pessoa indicada. Leonie, incapaz de dizer que não, habituada à sua casa arrumadinha, às suas rotinas, não estava preparada para tratar de uma gata que, em breve, lhe reviraria a sua vida do avesso. Era mesmo uma boa premissa ver até que ponto uma pessoa como Leonie poderia ser seduzida por uma gata e mudar algumas coisas na sua vida.

A partir daqui, há uma reviravolta, surge uma nova personagem, também ela interessante e que rapidamente ganha um protagonismo que supera o da protagonista, sendo muito mais fácil gostar dela do que de Leonie, Maxie. A história de Maxie, da tia Paula e do café com livros e gatos que decide abrir, é, quanto a mim, o ponto alto do livro, que acaba por fugir completamente à premissa inicial.

Também a vida de Susann sofre uma reviravolta, mas isso deixarei para descobrirem quando lerem.

Um livro leve, de amor e gatos, bom para ler entre leituras mais duras e intensas, num bom dia de verão.

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