McEwan, Ian (1989). A Criança no Tempo. Lisboa: Gradiva.
Tradução:
Fernanda Pinto Rodrigues
Nº de páginas:
230
Início da
leitura: 23/04
Fim da leitura: 24/04
**SINOPSE**
Stephen é um simpático autor de livros infantis que vê a sua vida ser subitamente destruída ao perder a filha de três anos numa fila de supermercado. Durante muito tempo, Stephen vai procurar o rosto da criança em todas as crianças que vê na rua, recapitulando todos os detalhes que antecederam a tragédia. Numa narrativa não-linear, Ian McEwan intercala momentos de forte tensão emocional com momentos de grande humor. E dá a verdadeira dimensão dos conflitos interiores de um homem que luta por esquecer e recordar, desistir e viver.
A
ação decorre em Londres de 1970. Stephen e Julie levam uma vida tranquila com a
sua filha, Kate, de 3 anos, até ao momento em que, numa ida de Stephen ao
supermercado, Katie desaparece. Este acontecimento trágico vira as suas vidas do
avesso.
O
tempo da história vai surgindo numa mescla de tempos, o tempo do
desaparecimento de Kate, a partida de Julie, o tempo dos pais de Stephen, o
tempo dos dois grandes amigos do casal, Charles e Thelma Darke. Thelma é uma
física e Charles era dono de uma editora (que publica o primeiro livro de
Stephen). Os acontecimentos presentes misturam-se com lembranças, o que torna a
leitura mais lenta, exigindo atenção por parte do leitor.
Mais
do que um intenso drama sobre a procura de uma criança desaparecida, é um livro
que se foca nos sentimentos e fragilidades humanas.
Vários
foram os temas que me prenderam a atenção neste livro: a perda de um filho, a
forma como cada progenitor vive essa dor, enfrentando-a ou isolando-se, fugindo
dela; a culpa; a destruição das vidas pessoais e profissionais; a demência, a
bipolaridade, o realismo com que a ciência encara as maiores tragédias, o tempo
sonhado, o tempo real…
Depois
de um drama destes, será possível voltar a ser-se feliz?
Aconselho
a leitura!
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