Korn, Carmen (2021). Filhas de Uma Nova Era. Lisboa: Editorial Planeta.
Tradução: Ana
Maria Pinto da Silva
Nº de páginas:
488
Início da
leitura: 24/04/2022
Fim da leitura: 26/04/2022
**SINOPSE**
A
história emocionante de quatro mulheres que enfrentam juntas as suas próprias
batalhas Hamburgo, 1919. A Primeira Guerra Mundial acabou e a cidade começa
agora, finalmente, a despertar.
Henny
e Käthe, amigas desde a infância, sonham tornar-se parteiras e acabam de
iniciar a sua formação. Henny deseja deixar de viver na sombra da mãe, e a
rebelde Käthe, convicta comunista, está apaixonada por um jovem poeta.
Outras
duas mulheres se cruzarão nos seus caminhos: Ida, rica e mimada, filha de um
importante empresário falido que pretende casá-la com um herdeiro rico; e Lina,
uma jovem e humilde professora, que guarda um segredo do passado.
As
quatro amigas tornam-se inseparáveis e, apesar das suas diferenças, crescem e
enfrentam juntas os golpes e as alegrias do destino, a transformação do mundo,
o fim das liberdades e a chegada da terrível ameaça nazi.
Grandes
e pequenos feitos que ficarão para sempre ligados pelo elo da amizade.
Filhas de uma Nova Era é a primeira parte de uma emocionante saga sobre liberdade, amor e coragem que através de uma geração de mulheres que não se deixou arrastar pelas circunstâncias que lhes calharam em sorte, nos narra a fascinante história do século XX.
Não
entrei imediatamente na história, preocupada que estava em perceber quem eram
as tantas personagens que fazem parte da narrativa. Quanto a mim, em número
excessivo. Retirar umas quantas e tornar a história, na parte inicial, menos
desenvolvida, teria sido uma opção que poderia fazer-nos criar uma maior empatia com
as personagens que, desta forma, não foi possível.
Da
primeira parte, saliento a amizade entre Henny e Käthe, duas amigas desde os
tempos de infância, que ambicionam ser parteiras. Destaco ainda a época em que
a ação decorre, o pós Primeira Guerra Mundial. Mais à frente, surgem as outras
duas amigas: Isa, uma rapariga da alta sociedade e muito mimada e Lina, uma
professora algo enigmática. A história centra-se sobretudo na amizade destas 4
personagens, a forma peculiar como encaram a vida, os problemas que vão
surgindo, as vidas e liberdades que lhes eram permitidas ou vedadas, o seu
papel na sociedade e nas famílias. Em alguns aspetos, introduzem-se temas que, naquela altura, eram ainda mais tabu do que agora, como a questão da
homossexualidade, os relacionamentos com pessoas de outras raças ou culturas,
como judeus e chineses. Começou a interessar-me mais a história a partir do
momento em que Hitler subiu ao poder e tudo o que de cruel trouxe o Nazismo,
uma vez que a ação acelera e nos capta mais a atenção.
Porém,
a leitura deste livro não é, de todo, linear. O livro divide-se em termos
temporais, como um diário, focando-se cada capítulo sobre uma das personagens e
todas as pessoas das suas relações. Esse facto, torna a leitura menos fluída, um pouco confusa e, muitas vezes, cansativa.
Tinha
muitas expectativas em relação a este livro. A sinopse torna-a mais estimulante
do que, na verdade, é. Não é um livro
excecional, mas sim um livro razoável para quem gosta de romance histórico.
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