Natário, Anabela (2017). Mulheres Fora de Lei. Porto Salvo: Editora Desassossego.
Nº de páginas:
304
Início da
leitura: 10/08/2022
Fim da leitura:
11/08/2022
**SINOPSE**
Cuidado
com elas! São 23 mulheres, desde assassinas a vigaristas e gatunas. Uma
desfez-se do marido, servindo-lhe um prato de arroz temperado com arsénio ao
jantar. Outra, seguindo um plano mais elaborado, temperou um clister com a
mesma intenção. Uma terceira ia buscar crianças para adotar e desfazia-se
delas, asfixiando-as com uma tira de pano.
Menos violentas, mas não menos criminosas, são as larápias de mão leve, algumas verdadeiras figuras públicas, cujas aventuras nos dão a conhecer o Portugal de outros tempos. Mulheres Fora da Lei convida-nos a viajar pela vida das maiores criminosas dos últimos três séculos. E só o facto de já estarem todas enterradas no passado nos deixa alguma tranquilidade.
Este
livro resulta da compilação pela editora Desassossego de 23 histórias, que
foram inicialmente publicadas no jornal Expresso. São histórias reais, biográficas,
de mulheres portuguesas criminosas, dos séculos XVIII, XIX e início do século
XX.
Quantas
vezes ouvimos dizer “esta nova geração está perdida”, “antigamente não havia
crimes tão hediondos”. Quem ler este livro, aperceber-se-á precisamente do
contrário. Criminosos e criminosas
sempre existiram e devo dizer que com laivos de grande loucura e muita violência.
Também é interessante perceber que o nosso sistema judicial se revelou sempre
bastante eficiente, se bem que na altura não houvesse a facilidade que hoje
existe em descobrir certos crimes, por exemplos as análises forenses de casos
por envenenamentos, o que dificultava o desvendamento de determinados crimes.
Gostei
bastante deste livro, que revela uma exaustiva pesquisa nos arquivos criminais
e nos apresenta 23 mulheres rebeldes, com condutas reprováveis, presas por
homicídio, furto, prostituição…
A
escrita é cuidada e adequada às histórias narradas.
Recomendo
a leitura.
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