Alma de ausências

(imagem de catedral.weblog.com.pt)


Alma fechada em dores e agonias,
alma oclusa, em longa busca incessante,
alma ausente de singelas mãos frias,
alma vadia, em louca vida errante.

Onde está a tua real verdade,
que não a vislumbro onde quer que vá?
Quero libertar-me desta ansiedade,
saber a verdade e a Fé, onde está?

Grandes os nevoeiros que escurecem
os sentimentos áureos que perdi,
as memórias de um dia que padecem

pela vacuidade de que são possuídas,
me ausentam de tudo quanto vivi,
invisíveis, de suas vestes despidas.
                                                Célia Gil

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