A Canção do Rio, Eleanor Shearer

Searer, Eleanor (2024). A Canção do Rio. Lisboa: Singular Editora.
Tradução:Maria de Fátima Carmo
Nº de páginas: 312
Início da leitura: 25/08/2024
Fim da leitura: 27/08/2024

**SINOPSE**
«Altamente recomendado para quem gosta de romances históricos que giram em torno de uma protagonista forte e inesquecível.»
Library Journal

"«É isto a liberdade?», pergunta-se Rachel enquanto corre por uma floresta mergulhada na escuridão. Aterrorizada e exausta, foge da plantação onde passou toda a vida, do trabalho exaustivo e de um patrão brutal. O mesmo que, naquela manhã de 1834, anunciou o fim da escravatura para depois acrescentar que todos teriam de servir como aprendizes durante seis anos ao abrigo da Lei da Emancipação. Um escárnio cruel.
Foi então que algo em Rachel estalou. Porque dentro dela há cinco rostos que o tempo não pôde apagar: os das crianças que lhe foram arrancadas, empurradas para um destino que ignora. Estarão vivas? Serão escravas como ela? Se os encontrasse, reconhecê-la-iam? Encontrar os filhos torna-se a verdadeira liberdade. A viagem é difícil, o caminho longo e perigoso, as informações não são de fiar, tal como as pessoas que lhe oferecem ajuda. No entanto, ela continuará até que as histórias dos filhos – como as águas de um rio – se fundam com a sua, para criar uma história maior, a de uma família. Só então, e pela primeira vez, será livre.
Dos campos de Barbados ao movimentado mercado de Bridgetown, da Guiana Britânica às florestas de Trindade, nestas páginas desenrola-se uma viagem de esperança, um hino à força do sangue e ao amor infinito de uma mãe."
Este é um romance histórico, baseado em factos reais - fala-nos do momento da abolição da escravatura em Inglaterra. Porém, não seria dada a liberdade de mão beijada. No Caribe, os donos das terras de cultivo aranjaram um estratagema para os fazer trabalhar por mais seis anos como aprendizes e só depois teriam direito à liberdade. Porém, a protagonista, uma dessas escravas, decide não voltar. Quer ir à procura de todos os filhos que lhe foram feitos e lhe foram retirados, vendidos. É essa a sua grande libertação, a libertação de um presente onde o vazio lhe comprime os ossos e onde a sua única esperança reside em encontrar os seus filhos e saber se estão bem. Porém, terá de continuar a esconder-se, pois andam no seu encalço.
Terá Rachel encontrado os filhos? Que vidas tinham estes agora, passados tantos anos? Estariam dispostos a aceitar a mãe nas suas novas vidas? Conseguirá Rachel apaziguar o seu coração?
Uma história com História, com a qual também aprendemos e que, como é mais do que evidente, nos revolta. Revolta-nos como as mulheres eram vendidas para trabalhar nas fazendas, como prostitutas, para prazer dos brancos, para fazerem tudo o que os homens não conseguiam fazer sozinhos.
Aconselho!

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