Tanguchi, Jiro (2017). O Homem Que Passeia. Palmela: Devir.
Tradução:Inês Rocha Silva
Nº de páginas: 244
Início da leitura: 21/11/2024
Fim da leitura: 24/11/2024
**SINOPSE**
"Nestas páginas com um estilo introspectivo e intimista, Jiro Taniguchi dá-nos a conhecer O homem que passeia, através das suas deambulações,frequentemente mudas e solitárias, através da cidade onde reside. Uma história que se distancia dos estereótipos habituais do mangá, onde se sucedem pequenas histórias sem diálogo, encontros ocasionais, o prazer da contemplação e de andar sem destino."
Tal como nos é dito na sinopse, este é um mangá introspetivo. Acompanhamos um homem que passeia, no seu dia a dia, e vamos, com ele, captando tudo o que o rodeia, paisagens e acontecimentos aparentemente banais que, ao serem realmente observados, têm por detrás de si momentos der poesia e de paz, de tranquilidade, essa tranquilidade que tanta falta nos faz nos dias de hoje. Um poder de observação e de regozijo com as pequenas coisas, que não nos damos o privilégio de usufruir, pois passamos por tudo sempre no ritmo alucinante das nossas vidas frenéticas e monótonas. De repente, a meio da leitura, deu-me vontade de sair para a rua e passear sem rumo certo. Não caminhar, que não é o ritmo da caminhada, mas sim passear, usufruir, ver. E, sempre que pensamos em passear, lá vem a questão do tempo e do trabalho. Quando nos restarão uns segundos apenas para caminhar, pensar, encontrarmo-nos, observarmos o que nos rodeia?
Aconselho! Não esquecer que é um mangá e que, por esse facto, se lê ao contrário, começando pelo fim e da esquerda para a direita. Gostei da experiência.
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