Até Que o Rio Nos Separe, Charles Martin

Martin, Charles (2009). Até que o Rio nos Separe. Porto: Porto Editora.

Tradução: Ana Reis

Nº de páginas: 400

Início da leitura: 15/05/2022

Fim da leitura: 17/05/2022

**SINOPSE**

Doss Michaels nasceu e cresceu num parque de caravanas junto ao rio St. Mary e tenta sobreviver como pintor. Abigail Coleman é a única e lindíssima filha do mais poderoso senador da Carolina do Sul. Um único encontro foi suficiente para perceberem que ficariam juntos para sempre.

Após dez anos de casamento, Abbie debate-se com uma doença terminal. Sempre a seu lado, Doss trava com ela uma terrível batalha pela vida.

Quando Abbie elabora uma lista de dez coisas que gostava de fazer antes de morrer, Doss tudo faz para a ajudar a concretizar os seus desejos.

E, antes que seja tarde de mais, partem juntos para a viagem das suas vidas.

Gostei muito de ler este livro. Inicialmente, a capa deixou-me um pouco apreensiva, quer pela temática, quer por me parecer um romance um pouco lamechas. Mas não, com efeito, acaba por surpreender.

Vão-se intercalando narrativas passadas e presentes. No passado, temos a forma como Doss e Abigail, de mundos sociais muito distintos, se conheceram, como se começaram a relacionar, como parecia tudo tão perfeito, mesmo que o pai dela nunca tenha aceitado as origens humildes do genro. Depois, temos a fase de descoberta, por parte de Abigail, de um cancro, a vivência da doença até ao presente (algumas das descrições são duras de tão realistas). Apesar da doença, Abigail é uma pessoa encantadora, com força de vontade, espírito de resiliência e um sentido de humor muito peculiar.

No presente, temos Abigail e Doss a viverem uma série de aventuras, algumas bastante perigosas, de forma a que Abigail consiga cumprir a sua lista de coisas a fazer antes de morrer.

É muito difícil falar deste livro sem deixar antever um pouco da história, mas posso garantir que é um livro que comove, que nos faz sorrir, que revolta, que mexe com os nossos sentimentos. Por isso, aconselho a leitura. Saliento, ainda, o facto de Doss ser pintor, acreditando que, quem gosta de arte, gostará certamente das referências que vão surgindo ao longo da narrativa.

Saliento algumas gralhas que, mais uma vez, não sei como uma editora como a Porto Editora deixa passar e que maculam uma leitura que poderia ser excelente. Saliento, ainda, um erro que não suporto. De uma vez por todas, nós não desfolhamos livros, folheamo-los, se não os livros ficariam sem folhas. Desfolhar que se desfolhe, por exemplo, o milho!

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