A Face Norte do Coração, Dolores Redondo

Redondo, Dolores (2029). A Face Norte do Coração. Lisboa: Planeta de Livros.

Tradução: Ana Maria Pinto da Silva
Nº de páginas: 616
Início da leitura: 07/07/2023
Fim da leitura: 10/07/2022

**SINOPSE**
"«Quando Amaia Salazar tinha doze anos esteve perdida no bosque durante dezasseis horas. Era de madrugada quando a encontraram, trinta quilómetros a norte do lugar onde se havia desviado do trilho. Desmaiada debaixo da chuva intensa, a roupa enegrecida e chamuscada como a de uma bruxa medieval resgatada de uma fogueira e, em contraste, a pele branca, limpa e gelada como se acabasse de surgir do gelo.»
Em agosto de 2005, muito antes dos crimes que chocaram o vale do Baztán, Amaia Salazar uma jovem de vinte cinco anos, subinspetora da Policia Foral de Navarra, participa num curso de intercâmbio para polícias da Europol na Academia do FBI, nos Estados Unidos, dado por Aloisius Dupree, o chefe da unidade de investigação. Uma das provas consiste em estudar um caso real de um assassino em série a quem chamam O Compositor , que age sempre durante grandes catástrofes naturais, atacando famílias inteiras e seguindo uma encenação quase litúrgica. Amaia integrará inesperadamente a equipa de investigação que os levará até Nova Orleães, em vésperas do pior furacão da história da cidade, para tentar antecipar-se ao assassino… Contudo, um telefonema da sua tia Engrasi de Elizondo despertará em Amaia fantasmas da sua infância, obrigando-a a enfrentar de novo o medo e as recordações que podem mudar tudo, expondo-a de novo à face norte do coração."
Este é o primeiro livro que leio da autora. Sei que há um anterior, desta trilogia, mas também me informei de que poderiam ser lidos separadamente. 
A história decorre em Nova Orleães, durante a passagem do furacão Katrina, que acaba por surgir como um pretexto favorável para uma série de homicídios. Amaia Salazar é uma jovem formanda do FBI e traz com ela traumas de infância que se vão entrecruzando com os casos que segue. 
A autora parte de uma história real para a ficcionar: a de John List, um veterano da Segunda Guerra Mundial que, em 1971, matou a família, o que lhe valeu uma perseguição de 18 anos pelo FBI. Aqui surge apenas como o Compositor, que, em todos os seus crimes, deixa um violino.
Apesar de bem escrito, de emocionante, no meu entender, poderia ter menos páginas, já que, a certa altura, senti que a história não se desenrolava, girando em torno do mesmo, o que era evitável. Porém, para quem gosta de bons policiais, é um livro a ler.

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