Saramago, José (2014). As Intermitências da Morte. Porto: Porto Editora.
Nº de páginas: 232
Início da leitura: 16/07/2023
Fim da leitura: 18/07/2023
**SINOPSE**
"«No dia seguinte ninguém morreu.»
Assim começa este romance de José Saramago.
Colocada a hipótese, o autor desenvolve-a em todas as suas consequências, e o leitor é conduzido com mão de mestre numa ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor, e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência.
Caligrafia da capa por VALTER HUGO MÃE"
Um livro realmente espetacular! Como é que eu ainda não o tinha lido? Adorei!
Esta obra ficcional começa com a frase " No dia seguinte ninguém morreu." Agora, imaginem um país de 10000 habitantes, em que a morte resolve tirar umas férias e deixa de morrer gente... De uma forma hilariante, não deixando a crítica que vai tecendo através do próprio sentido de humor, Saramago aborda um tema muito interessante e de forma ficcional mas muito pertinente.
Este facto pode ser um "pau de dois gumes": por um lado, que bom é ninguém morrer e tornar-se eterno! Por outro, "nem tudo o que luz é ouro", e nem imaginam as consequências que esse facto acarretaria! Que fariam as agências funerárias? Como suportariam os lares de idosos receber cada vez mais gente? De que serviria a igreja e os sermões do padre, se já não se morresse para "ressuscitar ao terceiro dia"? E muitas, múltiplas questões se levantariam. Como seria ter pessoas em coma para sempre? Como seria sofrer indefinidamente? Como seria, quando os lares e hospitais deixassem de poder acolher mais pessoas e tivessem de ficar ao cuidado dos filhos?
Saramago escreveu este livro com mestria, muita criatividade e de forma exímia, revelando uma imensa cultura geral.
Aconselho muito a leitura!
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