Todos os Nomes, José Saramago

 Saramago, José (2000). Todos os Nomes. Lisboa: Planeta DeAgostini.

Nº de páginas: 280
Início da leitura: 01/07/2023
Fim da leitura: 02/07/2023

**SINOPSE**
O protagonista é um homem de meia-idade, funcionário inferior do Arquivo do Registo Civil. Este funcionário cultiva a pequena mania de colecionar notícias de jornais e revistas sobre gente célebre. Um dia reconhece a falta, nas suas coleções, de informações exatas sobre o nascimento (data, naturalidade, nome dos pais, etc.) dessas pessoas. Dedica-se portanto a copiar os respetivos dados das fichas que se encontram no arquivo. Casualmente, a ficha de uma pessoa comum (uma mulher) mistura-se com outras que está copiando. O súbito contraste entre o que é conhecido e o que é desconhecido faz surgir nele a necessidade de conhecer a vida dessa mulher. Começa assim uma busca, a procura do outro.
Um livro de índole filosófica, perpassado de nostalgia e pessimismo, de descrença na humanidade.
A ação decorre essencialmente numa Conservatória Geral do Registo Civil, onde mortes e vivos se confundem. E, apesar de decorrer uma busca judicial, não é um romance policial, mas antes uma espécie de ensaio sobre a existência, não da própria, mas de outrem.
O protagonista, o Sr. José, é auxiliar de escrita nessa Conservatória Geral. Vive numa casa contígua à Conservatória, estando, no entanto, proibido de usar a passagem direta, que se mantém trancada. Esta personagem tem um passatempo, o de colecionar recortes de pessoas famosas. Completava as informações dos famosos com informações dos verbetes do Conservatório. Porém, confronta-se com uma situação em relação a uma jovem, sobre a qual faltam informações. Resolve, então, usar do privilégio da porta de acesso à Conservatória, durante a noite, infringindo a lei. Traz o verbete de uma desconhecida, mas que lhe desperta curiosidade e começa uma busca sobre esta mulher, sobre o que a terá levado a suicidar-se, o que está entre a vida e a morte. 
Mas há perguntas que nem sempre têm resposta, porque "Há dentro de nós uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos." Por mais que uma busca ontológica seja minuciosa e esmiúce várias questões, haverá uma resposta? 

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