A Ilha Onde Batem os Corações, Laura Imai Messina

Messina, Laura Imai (2023). A Ilha Onde Batem os Corações. Lisboa: Suma da Letras.

Tradução: Inês Guerreiro
Nº de páginas: 280
Início da leitura: 25/07/2023
Fim da leitura: 27/07/2023

**SINOPSE**
"No Sudoeste do Japão, situa-se a pequena ilha de Teshima, um local remoto onde se encontra um edifício no qual estão catalogados os batimentos do coração de dezenas de milhares de pessoas.

Shuichi, um conhecido ilustrador de quarenta anos, com uma cicatriz marcada no peito, acaba de regressar à sua casa de infância numa cidade banhada pelo mar e rodeada de montanhas. Quando pensava estar sozinho com as suas memórias, Shuichi apercebe-se de uma misteriosa criança a rondar a casa. Kenta, um menino de oito anos que vive aventuras prodigiosas em absoluta solidão.

Com o passar dos dias, entre o ilustrador e o menino forma-se uma inesperada e extraordinária amizade que acabará por mudar as suas vidas para sempre. E que os levará a um lugar que bate ao ritmo do coração, falado em todas as línguas do mundo.

A Ilha Onde Batem os Corações é uma história sobre perda e esperança, dor e alegria, realidade e imaginação, e a promessa de cura e superação, graças às relações que construímos e redescobrimos."

"Laura Imai Messina nasceu em Roma. Aos 23 anos, mudou-se para Tóquio, onde obteve um Doutoramento na Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio. É professora em algumas das universidades mais prestigiadas da capital japonesa. Depois de alguns romances publicados em Itália, O QUE CONTAMOS AO VENTO, baseado na existência real do Telefone do Vento, é a sua estreia internacional. "
Uma história de perdas, de segredos, de culpa, de solidão, de amizade, num tom tão doce, tão ao estilo japonês! Gostei bastante deste livro.
A obra vai intercalando a história de Shuichi, recuperando o passado que o levou a ter uma marca no peito, a perda de um filho e o divórcio; e o presente, em que Shuichi conhece um menino, Kenta, que, depois de lhe roubar algumas coisas de casa (que era a casa da mãe de Shuichi), acaba por lhe despertar a atenção. Entre eles surge uma amizade muito forte que mudará as suas vidas. Uma viagem que farão juntos uma ilha de difícil acesso, no Japão, onde se encontram "catalogados os batimentos do coração de dezenas de milhares de pessoas", acabará por juntá-los ainda mais. Que interesses, que sentimentos, eu acontecimentos poderão juntar numa grande amizade uma criança de oito anos e um adulto de quarenta?
Com uma linguagem cativante, descrições típicas da literatura japonesa, ficamos imediatamente rendidos à história e às suas personagens tão "sui generis".
Aconselho!

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