Filhos da Chuva, de Álvaro Curia

Curia, Álvaro (2024). Filhos da Chuva. Queluz de Baixo: Manuscrito.

Nº de páginas: 304
Início da leitura: 17/06/2024
Fim da leitura: 18/06/2024

**SINOPSE**
Em Domínio, a chuva não tem fim e os relógios pararam nas cinco da tarde. Numa terra sem tempo, as vidas andam todas desencontradas. Conhecedora dos hábitos de cada um, Muda percorre as ruas, carregada de sacos, distribuindo as compras e uma réstia de normalidade. Aguarda o momento em que se cruza com o filho, Amor, um jovem que vive aprisionado numa fábula que o padrasto lhe conta desde pequeno e que mudará a sua vida para sempre. Ao largo de Domínio está a Ilha da Fortaleza, onde encontramos Mãe, mulher possessiva, que nunca deixou Filho conhecer o mundo. Mas algo fará com que ele parta e o seu caminho se cruze com o de Amor. Poderá a decisão de um alterar a vida de todos?

Um romance em que a culpa e a obsessão andam de mãos dadas com o acaso e a coragem.
Este é um livro maravilhoso, sem dúvida! De forma peculiar, entramos na Praia dos Vidros, Rio, Fortaleza e, especialmente, em Domínio (onde decorre quase toda a ação, está sempre a chover e o tempo não passa como nos outros sítios), pela mão dos seus habitantes, personagens que passam a viver em nós, como a Muda (a minha personagem preferida), o filho Amor (algo matreiro) e o marido, o Gordo que quase não come (antes apelidado de Voltinhas), o franzino mas determinado Filho e a Mãe, mulher possessiva que não queria que Filho a deixasse e que mostra personalidades muito distintas. Um mundo mágico, numa linguagem envolvente, onde é fácil entrar, mas de onde é difícil sair. 
De salientar o excelente (como sempre) trabalho de Juan Cavia na ilustração da capa.

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