O Nome que a Cidade Esqueceu, João Tordo

Tordo, João (2023). O Nome Que a Cidade Esqueceu. Lisboa: Companhia das Letras.

Nº de páginas: 336

Início da leitura: 28/06/2024

Fim da leitura: 30/06/2024


**SINOPSE**

"Nova Iorque, 1991.

Ao aterrar na América, Natasha, refugiada de um país da ex-União Soviética, está longe de imaginar que o seu exílio se transformará numa aventura labiríntica pela grande cidade e pela alma humana. O caminho desta rapariga cheia de medos e sonhos cruza-se com o de George B., homem marcado por um passado misterioso, que vive em total isolamento em plena cidade, barricado num apartamento apinhado de objectos inúteis.

George oferece a Natasha um emprego bizarro: ler-lhe em voz alta a lista telefónica de Nova Iorque. Enquanto a rapariga aprende a suportar as saudades da sua família e do seu país, esboçando uma nova vida na metrópole vibrante e crua, George, por seu lado, procura obsessivamente um nome entre os milhões de nomes que a cidade esqueceu; um nome que poderá salvá-lo, ou ser a sua danação.

Tomando como inspiração uma história verdadeira publicada no New York Times, João Tordo constrói um romance enigmático, impulsionado pelo acaso e pela memória. O resultado é uma narrativa que disseca a solidão, grande doença dos nossos tempos, confrontando as suas personagens e os leitores com o passado com que todos tentamos reconciliar-nos.

O Nome que a Cidade Esqueceu marca o regresso de um dos escritores mais estimados do público a um lugar que lhe é familiar, numa história plena de imaginação, arrojo, candura e compaixão."
Adorei este livro. As personagens são cativantes, a premissa é excelente e a forma como foi desenvolvida correspondeu totalmente às minhas expetativas.
Natasha é a narradora desta história. Tudo começa quando ela é enviada pelos pais, como refugiada, para os EUA, pelo facto de o seu país (ex-União Soviética)  estar em guerra. Uma bomba que rebentou no quintal de sua casa, tê-la-á deixado gaga. Mais um problema a juntar ao facto de não conhecer ninguém, nem a própria língua inglesa. Não é fácil para uma menina como ela enfrentar um novo mundo, uma nova vida, deixando todos os que mais ama para trás. Mas Natasha é determinada, decide começar a aprender inglês e acaba por ser contratada para ler a lista telefónica a um homem que não sai de casa, tem fobia social, é um acumulador e com pouca higiene. Curiosa como é, não descansa enquanto não tenta conhecer melhor este homem que lhe paga para ler a lista telefónica e por que o faz. As personagens são cativantes. E, a partir daqui não conto mais, mas devo dizer que há muito mais para além do que mencionei e que tornam este uma história única. Ainda por cima, o autor inspirou-se numa história verdadeira, que leu no New York Times. Vale bem a pena ler! Aconselho.

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