Redfearn, Suzanne (2021). Num Instante Tudo Muda. Alfragide: Edições ASA.
Nº de páginas:
352
Início da
leitura: 29/07/2021
Fim da leitura:
30/07/2021
Num Instante
Tudo Muda é uma obra escrita por Suzanne Redfearn, traduzida por Ana Saldanha.
Sinopse do livro:
“Numa noite
fria e escura, um grupo de amigos percorre uma estrada de montanha numa
caravana. Rumam a umas férias muito desejadas.
E, num
instante, tudo muda.
Um veado. Uma
travagem. Uma queda a pique pela encosta.
A jovem Finn
Miller não resiste ao acidente. Para os seus companheiros de viagem, começa
então uma perigosa jornada. Pois segue-se uma implacável tempestade de neve que
os deixa perdidos no meio do nada. Perante a ameaça da morte, são obrigados a
tomar decisões irreversíveis. Para os sobreviventes, a vida nunca mais será a
mesma.
Jack, o pai de
Finn, procura apenas vingança. Mo, a sua melhor amiga, procura somente a
verdade. Chloe, a irmã, procura juntar-se a Finn. E a mãe, Ann, vive
atormentada com o que aconteceu naquela noite na montanha e com o que descobriu
sobre as pessoas que pensava conhecer intimamente.
Num Instante,
Tudo Muda coloca-nos perante nós próprios e faz perguntas incómodas: será que nos
conhecemos verdadeiramente? Numa situação extrema, o que estaríamos dispostos a
fazer?
Um livro sobre
o poder do amor, a importância da família... sobre a essência do ser humano
(com todas as suas fragilidades) e, acima de tudo, sobre seguir em frente,
mesmo quando isso não parece possível.”
Opinião:
A narradora,
uma jovem de 16 anos, viaja com a sua família e outra família amiga, a sua
melhor amiga e o namorado da irmã Chloe, numa caravana, com vista a passarem um
aprazível fim de semana. Mas, tal como indicia logo o próprio título “Num
Instante Tudo Muda”. Um acidente provocado por um veado, faz com que o carro caia
numa ravina.
A partir deste
momento, é impossível parar a leitura.
As descrições
são tão intensas e realistas, que nos sentimos a percorrer a neve, em busca de
auxílio, com as personagens, a sofrer as suas dores, a fome, a sede, o frio, a
ponderar sobre as suas opções e as suas condutas. A luta pela vida pode, com
efeito, trazer grandes mudanças nas atitudes das pessoas, ao ponto de não as
reconhecermos. Também nos faz questionar se não terão sido sempre assim e estas
circunstâncias vivenciadas apenas terão trazido à tona o que já lhes morava no
seu âmago.
Afinal,
conheceremos plenamente os que nos rodeiam? Reconhecer-nos-emos nas nossas
próprias atitudes?
Este é um
livro que se lê de um fôlego e nos deixa inquietos.
Gostei muito e
recomendo vivamente a leitura.
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