Haig, Matt (2021). A Biblioteca da Meia-Noite. Amadora: TopSeller.
Nº de páginas:
336
Início da
Leitura: 03/07/2021
Fim da Leitura:
04/07/2021
A
Biblioteca da Meia-Noite
é um romance escrito por Matt Haig e traduzido por Ana Mendes Lopes.
“Sinopse do
livro:
Se
pudesses escolher a melhor vida para viver, o que farias?
No
limiar entre a vida e a morte, depois de uma vida cheia de desgostos e
carregada de remorsos, Nora Seed dá por si numa biblioteca onde o relógio marca
sempre a meia-noite e as estantes estão repletas de livros que se estendem até
perder de vista. Cada um desses livros oferece-lhe a hipótese de experimentar
uma outra vida, de fazer novas escolhas, de corrigir erros, de perceber o que
teria acontecido se tivesse escolhido um caminho diferente. As possibilidades
são infinitas e vários horizontes se abrem à sua frente.
Mas
será que algum desses caminhos lhe proporciona uma vida mais perfeita do que
aquela que conheceu? Na altura da escolha final, Nora terá de olhar para dentro
de si mesma e decidir o que de facto lhe preenche a vida e o que faz com que
valha a pena vivê-la.
A
Biblioteca da Meia-Noite transformou-se num bestseller a nível internacional,
com um milhão de livros vendidos em todo o mundo.”
Opinião: Escrito numa linguagem simples, fluída
e, ao mesmo tempo, intensa, este livro veio no momento certo. De cariz
filosófico, a história é a resposta à pergunta que se coloca na sinopse: “Se
pudesses escolher a melhor vida para viver, o que farias?”
É
quando Nora decide morrer, num momento em que tudo lhe corre mal, desde a morte
do gato à perda do emprego, à desistência do seu casamento…que encontra um
vasto número de possibilidades nesta Biblioteca da Meia-Noite. Esta confere-lhe
a oportunidade de experimentar as vidas que poderia ter escolhido, as milhares
de hipóteses que foi descartando ao longo da vida e que constam do “Livro dos
arrependimentos”. Mas, acontece que, após cada deceção experienciada, regressa
sempre a esta biblioteca, a qual só desaparecerá, se ela encontrar a vida que
quer realmente viver ou que, de algum modo, faça sentido viver. Esta busca
ontológica, surge, assim, em forma de fábula, “entre vidas” ou numa “vida
paralela”, totalmente irreal, mas cativante.
É
inevitável não nos identificarmos com alguns dos arrependimentos. Todos nós, de
uma maneira geral, nos questionamos se vivemos a vida que sonhámos, como
escolhemos viver esta vida, o que determinou essas escolhas.
De
certa forma, apesar de considerar a premissa maravilhosa, esperava mais substância,
menos previsibilidade, menos otimismo, uma vez que toca em temas sobejamente importantes,
como o suicídio, a depressão, os receios, os arrependimentos, as indecisões, as
tomadas de decisão, que nem sempre são as melhores, nem as que desejamos. Uma
boa leitura de verão, quando precisamos repor energias e encarar com otimismo o
que a vida nos possa reservar.
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