Esquível, Laura (2020). O Meu Negro Passado. Alfragide: Edições ASA.
Nº
de páginas: 216
Início
da leitura: 03/08/2021
Fim
da leitura: 04/08/2021
O
Meu Negro Passado é o
terceiro livro da trilogia, depois de Como Água para Chocolate e O Diário
de Tita. Foi escrito por Laura Esquível e traduzido por Tânia Sarmento.
Sinopse:
“O
inesquecível romance Como Água Para Chocolate emocionou milhões de
leitores em todo o mundo. Laura Esquivel regressa agora a esse mundo mágico com
uma poderosa história sobre a força e a liberdade das mulheres. María fica
destroçada ao ver o seu casamento desmoronar-se abruptamente. O seu único
refúgio é o diário de Tita, que lhe é dado pela sua avó Lucía. E é quando
mergulha na vida íntima de Tita que descobre não apenas velhos segredos de família,
mas também a capacidade de o espírito humano se elevar, graças à alquimia que
transforma os ingredientes naturais em alimento.
A
voz de María, da mesma estirpe guerreira que sempre caracterizou as mulheres De
la Garza, continua a tecer a saga da família... a jovem terá de percorrer um
longo caminho enquanto vai recuperando a sua força interior. Sem que se
aperceba, começa a criar fortes laços com todos os seus antepassados. A pouco e
pouco, María renasce. Mas o verdadeiro dilema surge quando volta a experimentar
o mais profundo dos sentimentos: o amor.
O
Meu Negro Passado é uma
defesa do espírito feminino - é a melhor receita contra os males dos nossos
tempos: o desenraizamento, a alienação e a frivolidade. Na senda de Como Água
Para Chocolate, é uma obra que não deixará ninguém indiferente - um épico
retrato de várias gerações de mulheres livres e apaixonadas que nos ensinam a
ultrapassar as adversidades da vida.”
Opinião:
Gosto
da forma elegante e cativante como Laura Esquível escreve. Tal como nos livros
anteriores, Esquível consegue ser muito criativa. Neste caso, intercala a
história, com músicas que se vão relacionando com a história e que nos são
deixadas através de códigos QR.
María,
bisneta de Tita, dá à luz um filho negro. Os pais ficam muito surpreendidos e,
sendo os dois brancos e não conhecendo no passado familiar ninguém de pele
negra, torna-se um escândalo e o marido abandona-a. É através da avó Lúcia e do
Diário de Tita, que María procura respostas no passado. Sobretudo, nos
silêncios em que neta e avó tricotam. Entender esse passado pode constituir uma
reconexão com as pessoas que dele fizeram parte. Porém, a reconexão com a
culinária, já não acontece neste livro. María, como a maior parte das pessoas
na atualidade, come compulsivamente.
Aconselho
a leitura da trilogia.
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