Wolfe, Leslie (2023). A Cirurgiã. Lisboa: Alma dos livros.
Tradução: Carmo Vasconcelos Romão e Carla RibeiroNº de páginas: 280
Início da leitura: 17/08/2023
Fim da leitura: 18/08/2023
**SINOPSE**
"Antes do meu mundo desabar, eu tinha tudo. A carreira de sucesso com que sempre sonhara. A bela casa onde podia sentar-me e relaxar confortavelmente depois de um longo dia de trabalho. O marido mais bonito e dedicado que poderia desejar, cujo sorriso encantador sempre me fizera sentir segura.
Até hoje nunca tinha perdido um doente.
Até hoje nunca tinha operado ninguém que odiava.
Quando declarei o óbito, a minha voz estava firme: «Hora da morte 13:47». Todo o pessoal, médicos e enfermeiros na sala de operações ficaram em silêncio à minha volta, a olhar para mim, confusos e preocupados. As minhas mãos tremiam dentro das luvas. O meu olhar deslizou pelas frias paredes de azulejo, com o coração a bater aceleradamente dentro do meu peito.
Se tivesse sabido antes de quem se tratava teria pedido a um colega que me substituísse. Ninguém estranharia; é um procedimento habitual não operar amigos, familiares ou... qualquer outra pessoa que possa comprometer a capacidade do cirurgião agir na sala de operações. Teria sido fácil. Mas que outra escolha podia ter feito depois de o reconhecer na sala de operações? E o que vou fazer para me proteger, se alguém descobrir?"
Este é um livro que entretém, ideal para uma época de férias, em que se pretende descomprimir e deixar assuntos mais sérios para outra altura.
A premissa é boa, as personagens bem concebidas e a história vai sendo desenvolvida com o adequado "suspense", apesar de o ritmo, contrariamente a outros policiais, não ser rápido. A narradora vai-nos entretendo com acontecimentos que vão tentando ser desvendados a ritmo lento, para, no fim, nos deixar boquiabertos com os acontecimentos que fecham a narrativa.
No meu entender, em determinado momento, a história fica num impasse e um pouco repetitivo.
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