O Vento Conhece o Teu Nome, Isabel Allende

Allende, Isabel (2023). O Vento Conhece o Teu Nome. Porto: Porto Editora.
Tradução: Carla Ribeiro
Nº de páginas:272
Início da leitura: 20/08/2023
Fim da leitura: 22/08/2023 

**SINOPSE**
"Viena, 1938. Samuel Adler tem apenas 5 anos quando o pai desaparece, na infame Noite de Cristal – a noite em que a sua família perde tudo. Procurando garantir a segurança do filho, a mãe consegue lhe o lugar num comboio que transporta crianças judias para fora do país, agora ocupadas pelo regime nazi. Samuel embarcou sozinho, deixando a família para trás, tendo o seu violino como única companhia.
Arizona, 2019. Anita Díaz e a mãe tentam entrar nos EUA, fugindo à violência que reina no seu país, El Salvador. No entanto, são separados na fronteira, ao abrigo de uma nova lei que regulamenta a imigração, forçando à separação das famílias. A mãe desaparece sem deixar rasto, e Anita é colocada em instituições de acolhimento abandonadas. O caso chamou a atenção de Selena Durán, uma californiana de ascendência latina, e de Frank Angileri, um advogado promissor, que tudo preparou para reunir de nova mãe e filha. Juntos, vão conhecer de perto a violência que muitas mulheres sofrem em silêncio, sem que dela consigam escapar.
Entrelaçando passado e presente, O vento conhece o meu nomeconta-nos a história desses dois personagens inesquecíveis, ambos em busca da família e de um lar. É uma sentida homenagem aos sofrimentos que fazemos em nome dos filhos e uma carta de amor às crianças que sobrevivem a perigos inimagináveis ​​– sem nunca deixarem de sonhar.

«Pensava que Azabahar era o refúgio da Anita, o sítio para onde ia quando precisava de fugir deste mundo, mas agora sei que é mais do que isso. É o reino misterioso da imaginação e só se consegue ver bem com o coração.»"

A história entrelaça dois momentos históricos: a infame Noite de Cristal na Alemanha nazi e 2019, nos EUA, por altura da controversa política de imigração implementada por Donald Trump. É nestes contextos que nos são contadas as histórias de duas crianças, vítimas da guerra e da inevitável migração. Ambas à procura de um lar e de uma família.
Samuel Adler tem apenas 5 anos quando o pai desaparece, na infame Noite de Cristal, em 1938, em Viena.
Anita Díaz e a mãe tentam entrar nos EUA, com o intuito de fugir à violência que se apodera do seu país, El Salvador. No entanto, são separadas na fronteira, ao abrigo de uma nova lei que regulamenta a imigração, forçando à separação das famílias, em 2019, no Arizona.
São sempre histórias que nos tocam, quando as vítimas são crianças inocentes, que não devem nem podem deixar de sonhar. Este livro é uma bela homenagem a estas crianças. A escrita é a cuidada e elegante a que já nos habituou a autora. Recomendo!

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